O líder do Partido Socialista português e Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, enalteceu na comunicação social esta tarde o trabalho de José Maria Neves à frente do processo de desenvolvimento de Cabo Verde, tendo considerado “notável” a governação nesses quase quinze anos de três mandatos consecutivos.
Após um encontro que durou sensivelmente duas horas e meia, António Costa abordou, aos jornalistas presentes no Gabinete do Primeiro-Ministro, o encontro com José Maria Neves, “um velho amigo”, não escondendo a sua admiração pessoal em relação ao percurso político do actual Primeiro-ministro de Cabo Verde.
Um percurso e uma “governação absolutamente notável e que merece a admiração de todos quem conhecem e acompanham a evolução de Cabo verde ao longo desses anos”, sublinhou o líder do PS.
Costa recusa comentar as questões internas de Cabo Verde”, no que tange à nova liderança do PAICV e a especulação de “como e se irá afectar o que falta da governação de José Maria Neves o facto de não ser mais líder do partido que sustenta o Governo. Entretanto, diz-se confiante de que Cabo Verde continuará a ser um exemplo “de grande estabilidade e de excelente funcionamento das instituições democráticas”.
Sobre esta mesma questão, o Primeiro-ministro já se pronunciou algumas vezes na comunicação social, para tranquilizar as pessoas e reforçar que as questões internas do PAICV e a nova liderança em nada afectarão a sua governação que tem toda a legitimidade para Governar. Outro assunto tem a ver com os supostos pedidos de demissão de alguns membros do Governo, como chegou a anunciar alguma comunicação social.
O Primeiro-ministro garante que apenas Cristina Fontes Lima, actual Ministra-Adjunta e da Saúde, na sequência das eleições intra-partidárias em que foi candidata. “Nenhum outro membro do Governo colocou o seu lugar à disposição. E é óbvio que terei de esperar os resultados do congresso, ainda só temos a eleição dos órgãos da presidente, não temos os órgãos do congresso constituidos que são órgãos fundamentais para a definição da política do partido, para fazer a avaliação e tomar as medidas que considerar mais pertinentes para fazer face à situação emergente do congresso”. Tudo o resto, garante, “é especulação e não tem correspondência com a realidade”.
Ainda no que toca ao encontro de hoje, António Costa resume que “pudemos trocar impressões e pude ouvir as suas ideias sempre tão actualizadas sobre toda a região (CEDEAO e África de uma maneira geral), sobre Cabo Verde, sobre as relações com Portugal e desejar-lhe que prossiga este seu mandato com as mesmas capacidades, as mesmas condições para continuar a desenvolver Cabo Verde, como tem feito”.