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Agricultura no Maio perspectiva-se como sector chave para o desenvolvimento local

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves sublinhou neste início de semana, durante uma visita de um dia à ilha do Maio, as fortes perspectivas de crescimento da ilha do Maio num futuro próximo, tendo em conta o forte potencial ligado ao turismo, sobretudo, mas também no que diz respeito a outros sectores como as pescas e a agricultura que tem conhecido uma aposta sem precedentes na história. só nos últimos anos o Executivo investiu naquela ilha mais de 600 mil contos. Nesta segunda-feira o Chefe do executivo inaugurou o Centro de pós-colheita e lançou a primeira pedra para o equipamento de mais dois furos com energia fotovoltaica.

O centro de pós-colheita, como realçou o Primeiro-Ministro, é “mais um passo no domínio do agro-negócio e vai contribuir, com certeza, da agricultura, da pecuária, da indústria agro-alimentar para gerar muito mais empregos, mais dinâmicas de crescimento e mais desenvolvimento para a ilha do Maio”.

Este novo centro, como salienta a Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, permitirá dar vazão ao excedente de produção, tendo em conta que a produção agrícola tem vindo a aumentar consideravelmente na ilha, fruto do forte investimento que o Executivo, através do Ministério do Desenvolvimento rural (MDR), tem vindo a fazer, sobretudo nesta legislatura, e o mercado interno não tem capacidade para absorver toda esta produção.

Daí que esta infra-estrutura seja essencial para que os agricultores, pecuaristas e pescadores locais possam exportar os seus produtos para o mercado da Praia, mas também para os mercados turísticos de Sal e da Boa Vista, nas melhores condições.  

O centro deverá entrar em funcionamento em força a partir do final deste mês quando estará totalmente equipado e a sua gestão deverá ser garantida por uma cooperativa de agricultores locais, constituindo mais uma excelente oportunidade que deve ser aproveitada pelos jovens da ilha como frisou uma jovem empresária agrícola durante a cerimónia de inauguração.

A actividade agrícola na ilha do Maio está a conhecer uma grande dinâmica e promete ser um dos principais motores do desenvolvimento local, assim como o turismo, tendo em conta o enorme potencial para o turismo de sol e praia e, também, rural, e as expectativas são muito boas, sublinhou o Primeiro-Ministro, já que vários potenciais investidores começam a mostrar interesse pela ilha.

Investimentos na agricultura no Maio ultrapassam 600 mil contos

Os sucessivos governos liderados por José Maria Neves tem investido, sobretudo nos últimos anos, mais de 600 mil contos em infra-estruturas, adução de água e formações ligadas à agricultura e pecuária na ilha do Maio e os frutos começam a aparecer.

Sobretudo ao nível da adução de água o Executivo já investiu perto de 400 mil contos e os dois furos cujos equipamentos com sistema de bombagem alimentada por energia solar são apenas uma ínfima parte.

Estes furos, um em Monte Vermelho e que irá abastecer também os agricultores de Farenego possui capacidade para a captação de até 70 m3 por dia, enquanto o outro furto em Pedro Vaz possui um caudal maior de 100 m3 diários e que já estão a ter um impacto enorme na produção local, maior será ainda com as bombas alimentadas por energia solar e que permitirá reduzir consideravelmente os custos da água para a produção agrícola.

Sem contar que os sistemas incluem rede de adução a construção de reservatórios e de uma casa de abrigo para máquinas e materiais, como explicou o Delegado do Ministério do Desenvolvimento rural (MDR) no Maio, José Ramalho.

Até esta altura pelo menos cinco outros furos já estão equipados com este moderno sistema de bombagem e com enormes benefícios para os agricultores como estes mesmos dizem,

Já em 2012 o Chefe do Governo inaugurava um vasto projecto de adução de água que incluía a construção de 25 diques de grande porte, sendo 23 de Recarga e 2 de Captação, 3 Reservatórios (de 100, 200 e 300 m³), 16 Poços e 15 Ensaios de bombagem nas perfurações. Só este investimento custou à volta de 336 mil contos e tem tido um enorme impacto positivo na recuperação dos lençóis freáticos da ilha, permitindo captar mais água do subsolo para a agricultura.