“A olaria de Fonte Lima é uma marca que pode ser transformada numa fonte de rendimento para a comunidade”

Já está registado em livro todo o processo da olaria de Fonte Lima. Uma comunidade que fica em Santa Catarina, interior de Santiago, e que é muito rica na principal matéria-prima utilizada pelas mulheres daquela localidade – a argila e/ou barro.

O catálogo “Olaria de Fonte Lima, ilha de Santiago, Cabo Verde” é uma compilação que analisa, de forma científica, o papel da Olaria, enquanto Património Cultural Imaterial no domínio do artesanato tradicional, e o papel do artesanato tradicional no desenvolvimento do turismo local, bem como o seu contributo no empoderamento e na melhoria de condições de vida das mulheres oleiras, detentoras de um saber-fazer, ancestral de confeção das loiças de barro.

Para o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que presidiu o ato de apresentação do catálogo, feito por uma equipa do Instituto do Património Cultural, IPC, e coordenado por Ana Samira Carvalho Silva, técnica da Direção do Património Cultural, sobre a potencialidade da olaria de Fonte Lima na transformação de uma fonte de rendimento.

“A olaria de Fonte Lima é uma marca que pode ser transformada numa fonte de rendimento para a comunidade. Temos uma marca que é Fonte Lima, pois existe aqui uma grande potencialidade.”

Para além disso, o governante acredita que é preciso investir, também, na formação da nova geração para a transformação do barro tanto em utensílios, para exportação, mas, também, em souvenir.

Para as mulheres, força motora deste trabalho em Fonte Lima, foi através da olaria que continuam a tirar todo o rendimento da família. “O barro é uma riqueza para as mulheres de Fonte Lima”, afirmou uma das testemunhas.