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“A nossa agencia de notícias tem de ter a marca credibilidade” – Fernando Elísio Freire

O Ministro de Estado, dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, realçou hoje, 26 de setembro, que a agência de noticias cabo-verdiana tem de ter a marca credibilidade, tendo lembrado o reforço, por parte do Governo, na autonomia e independência da INFORPRESS com a separação da agência noticiosa da RTC.

O Ministro de Estado, dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, realçou hoje, 26 de setembro, que a agência de noticias cabo-verdiana tem de ter a marca credibilidade, tendo lembrado o reforço, por parte do Governo, na autonomia e independência da INFORPRESS com a separação da agência noticiosa da RTC.

A afirmação foi feita no ato de abertura da 7ª reunião do Conselho Executivo da Federação Atlânticas das Agências Africanas de Notícias, FAAPA, que decorre na Cidade da Praia de 26 a 28 de setembro, cujo objetivo é estabelecer uma parceria estratégica e desenvolver relações profissionais entre as agências noticiosas, além da contribuição para a consolidação do livre fluxo de informações.

Para Fernando Elísio Freire, o engajamento do Governo para a promoção da liberdade de imprensa é inequívoco, por isso, o Executivo está a investir na reestruturação da Inforpress com o objetivo de “termos uma agência de notícias ao serviço de Cabo Verde e de todos os cabo-verdianos e uma referência das boas práticas da liberdade de imprensa, de informação e de expressão e garante de um serviço público de informação à sociedade, de qualidade e excelência”.

O Ministro prosseguiu salientando que o Governo está a promover e a assegurar a liberdade, a independência, a objetividade e o pluralismo social e político dos conteúdos e a independência dos jornalistas na Comunicação Social pública.

O incentivo, com igualdade de oportunidades e transparência, o desenvolvimento de uma comunicação social privada plural em benefício da sociedade cabo-verdiana, designadamente na sua modernização tecnológica e na formação dos recursos humanos são outras formas de promover a Comunicação Social implementadas pelo Governo.

“Temos uma distância rigorosa da comunicação social pública, não interferindo e nem permitindo que nenhuma entidade interfira na informação que produzem e divulgam”, enfatizou Freire, adiantando que o Governo está a trabalhar no sentido de celebrar com os órgãos que realizam o serviço público um contrato de concessão justo, que, no quadro dos valores e princípios constitucionais sobre o papel do Estado e a liberdade de imprensa, assegure a desgovernamentalização do serviço público, a sua independência, isenção e pluralismo.

Nisso, referiu que a Agência Reguladora de Comunicação está a fazer o seu caminho e o seu trabalho no estrito respeito da lei e é-lhe assegurada independência em relação ao Governo e demais órgãos.

Conforme ressaltou o Ministro de Estado, Cabo verde tem como desígnio coletivo o desenvolvimento e almeja uma democracia consolidada, moderna, profundamente respeitadora do pluralismo, da cidadania e promotora dos Direitos Humanos, geradora de espaços de participação.

“A construção do nosso sonho coletivo ou seja um país desenvolvido, inclusivo e democrático exige uma comunicação social pública plural, independente e responsável, promotora da autonomia e da dignidade da pessoa humana em parceria com as ONG´s e instituições religiosas”, afirmou Elísio Freire, para quem esta reunião da FAAPA aqui na Cidade da Praia é “fundamental para continuarmos a construir o caminho de uma sociedade livre e bem informada ancorada no diálogo e na partilha de experiências para que possamos todos no final ter uma África democrática e portadora de todos os valores da liberdade imprensa”.

Para o governante, o momento é também uma oportunidade de troca de experiências, de reforço e mobilização de novas parceiras e enfrentar com sucesso os novos desafios das agências notícias africanas no seculo XXI, tendo realçado, enquanto anfitriões, a responsabilidade de demonstrar o nosso engajamento em vencer os desafios principalmente no combate ao fake news, manipulações e informação pouco rigorosa nesta era das redes sociais.

A inovação com base na tecnologia e os novos modelos económicos das agências noticiosas foram apontados pelo Ministro como desafios que devem ser encarados na perspetiva sempre de garantir o serviço público de informação que chegue a todos com rigor, objetividade e reflexo da pluralidade social e politico.