Segundo o Chefe do Governo, “o desafio de garantir a protecção de dados pessoais e a cibersegurança na era da IA e de rápidos avanços tecnológicos é confrontado hoje com um mundo conturbado em termos geopolíticos e de desenvolvimento da ideologia da pós-verdade. Nenhum país está blindado a esta investida que acontece”, alertou.
O Primeiro Ministro disse hoje, na Praia, que a Inteligência Artificial (IA) “traz vantagens em eficiência, inovação e produtividade, mas também impõe desafios à segurança e aos direitos fundamentais”. Ulisses Correia e Silva fez essas declarações na abertura da Conferência Internacional sobre Proteção de Dados Pessoais na Era da Inteligência Artificial, promovida pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNDP), no âmbito da comemoração do 10º aniversário desta organização.
“Dez anos é pouco tempo, mas aquilo que tem sido a maturação desta instituição importante da República demonstra que foi e tem sido uma aposta ganha. Um desempenho com competência, profissionalismo e independência”, disse.
“A inteligência artificial pode entrar em todos os domínios da vida de uma pessoa e pode ser usada para fins nefastos a nível individual e a nível da sociedade”, por isso, “garantir a protecção de dados pessoais na era da inteligência artificial é um imperativo, face a limites necessários para garantir a segurança e o respeito por direitos fundamentais consagrados constitucionalmente”.
Segundo o Chefe do Governo, “o desafio de garantir a protecção de dados pessoais e a cibersegurança na era da IA e de rápidos avanços tecnológicos é confrontado hoje com um mundo conturbado em termos geopolíticos e de desenvolvimento da ideologia da pós-verdade. Nenhum país está blindado a esta investida que acontece”, alertou.
“Espero que esta conferência contribua para fortalecer o nosso quadro regulatório e garantir um uso responsável e seguro da IA”, conclui o Primeiro Ministro.
Durante o evento, no qual participaram especialistas nacionais e internacionais,
foram abordadas questões como o impacto da inteligência artificial na proteção de dados pessoais, a regulação da IA, a sua aplicação em setores estratégicos como a saúde, a educação e as finanças, e os desafios da cibersegurança. O objectivo desta conferência foi discutir soluções jurídicas e tecnológicas que garantam o respeito pelos direitos digitais, sem comprometer a inovação tecnológica.