O sublinhado é do Ministro do Mar, Eng.º Jorge Santos, que esta manhã (25) visitou, nos Estaleiros da CABNAVE, em São Vicente, um navio cercador de atum, de 56 metros, com capacidade para 300 toneladas de atum. O navio tem uma capacidade anual de captura de quase 2 mil toneladas.
O sublinhado é do Ministro do Mar, Eng.º Jorge Santos, que esta manhã (25) visitou, nos Estaleiros da CABNAVE, em São Vicente, um navio cercador de atum, de 56 metros, com capacidade para 300 toneladas de atum. O navio tem uma capacidade anual de captura de quase 2 mil toneladas.
A embarcação pertence a uma empresa espanhola e está abandeirada de Marrocos. A bordo, trabalham 29 pessoas, todas tecnicamente qualificadas, e a tripulação é composta por profissionais de diversas nacionalidades, incluindo espanhóis, marroquinos, costa-marfinenses e cabo-verdianos.
O Ministro foi convidado pelos armadores a visitar o navio de pesca industrial, aproveitando a ocasião para reiterar que a industrialização será o futuro da pesca em Cabo Verde. Enfatizou, ainda, a importância de continuar a investir na qualificação do capital humano no setor.
Equipado com tecnologia avançada, o navio possui sistemas de congelamento e câmaras de armazenamento, além de uma produção interna de capacidade de frio, o que, segundo o Ministro, torna a embarcação “um navio completo”.
A embarcação está em processo de mudança de bandeira para Cabo Verde. O Ministro destacou que o país precisa contar com esse tipo de navios, não só como abandeirados cabo-verdianos, mas também ressaltou que empresas nacionais têm a oportunidade de investir na pesca industrial, setor no qual Cabo Verde está avançando com decisões importantes.
O Ministro também lembrou que o atum é um peixe migratório e, por isso, Cabo Verde deve possuir embarcações capazes de alcançar esses cardumes, tanto em alto-mar quanto em águas profundas. “Cada navio desses é uma grande empresa”, afirmou o Ministro, sublinhando que a visita proporcionou uma visão mais clara sobre a complexidade da industrialização da pesca no país.
O processo de abandeiramento segue seu curso normal, e a mudança ocorrerá assim que a embarcação estiver pronta, considerando também a parte técnica, após as certificações e licenciamento tanto da Direção Nacional das Pescas e Aquacultura quanto do Instituto Marítimo Portuário, que é a autoridade competente nesta área.
O Ministro também destacou que este não é o único processo em andamento, pois há outras embarcações em fase de abandeiramento para Cabo Verde. Enfatizou que os processos de abandeiramento são de grande importância para o país, pois esses navios poderão pescar em nossas águas, bem como ao longo da costa da África Ocidental, nossa principal zona de pesca, abrangendo desde a Mauritânia, com a qual Cabo Verde tem um acordo bilateral, até a Costa do Marfim, incluindo todo o litoral da CEDEAO.