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A eliminação do paludismo tem sido um desígnio nacional – Diretora Nacional da Saúde

Ao falar hoje no ato central que assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo, a Diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, reafirmou o compromisso do país em eliminar a malária e disse que a dedicação, o engajamento e a perseverança da sociedade civil na luta contra esta doença, ao longo dos anos, tem contribuído para o alcance e a consolidação dos ganhos.

Ao falar hoje no ato central que assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo, a Diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, reafirmou o compromisso do país em eliminar a malária e disse que a dedicação, o engajamento e a perseverança da sociedade civil na luta contra esta doença, ao longo dos anos, tem contribuído para o alcance e a consolidação dos ganhos.

“Iniciou-se por um forte compromisso político do Governo, alocando verbas importantes ao programa, forte envolvimento e coordenação entre o Governo e o Poder Local, com a participação dos órgãos de comunicação social, das ONG, do setor privado e da população, o apoio de assistência técnica e financeira dos nossos parceiros, nomeadamente da OMS, do Fundo Global, da Roll Back Malaria, da OOAS, entre outros.”

Segundo frisou a Diretora Nacional da Saúde, a eliminação do paludismo tem sido um desígnio nacional em Cabo Verde, já que desde as primeiras campanhas de erradicação do paludismo, conseguiu-se em dois períodos, de 1967 a 1972 e de 1983 a 1985, chegar à interrupção da transmissão.

“O ano de 2023 constituirá o terceiro momento em que o país será certificado como livre da transmissão autóctone do paludismo.”

Contudo, Ângela Gomes reconheceu que ainda há um caminho a ser percorrido nomeadamente combater a crescente resistência aos medicamentos anti – palúdicos e dos  vetores às inseticidas e continuar a melhor  a cobertura dos serviços, investindo no recrutamento e  capacitação  de recursos humanos, na qualidade adequada dos dados estatísticos e de vigilância epidemiológica e entomológica, na qualidade da gestão dos casos, na melhoria da participação do setor privado e no incremento das fontes de  financiamento para  implementação das atividades  inerentes ao programa.

Endereçou ainda “uma palavra de apreço e reconhecimento” a todos, parceiros, instituições, profissionais de saúde, especialmente aos Agentes de Luta Antivectorial espalhados por todos os cantos do país que diariamente dão a cara à luta contra o paludismo.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), que esteve representado pela encarregada do escritório local, Edith Pereira, que falou em nome do representante desta Organização Internacional, a data é uma oportunidade para se fazer um balanço do impacto que o paludismo tem na vida das pessoas, notificando que, a nível mundial, o ano de 2021, graças aos esforços dos países afetados pelo paludismo e seus parceiros, registou-se uma diminuição das mortes pelo paludismo em relação a 2020.

Em relação à Cabo Verde, garantiu que a OMS continuará a apoiar este arquipélago neste processo de certificação, com a formação dos técnicos nacionais nas áreas de vigilância entomológica, gestão integrada dos vetores e na preparação da próxima missão de pré-certificação para avaliar o cumprimento das recomendações e acordar assim, a data para a certificação do país.

Em Cabo Verde, há cinco anos que não se regista casos autóctones da doença e no último ano se registou 26 casos importados. Cabo Verde continua alerta para o desafio de evitar o aparecimento de casos de transmissão local. Em termos de ilhas consideradas áreas sensíveis, aparecem a de Santiago e da Boa Vista.

O Dia Mundial de Luta Contra o paludismo é assinalado todos os anos a 25 de abril. Sob o lema “É tempo de alcançar Zero Paludismo: Investir, inovar, implementar”, o propósito deste ano é aumentar a conscientização sobre a necessidade de “implementar” as ferramentas e estratégias que se tem disponíveis hoje, para alcançar as populações vulneráveis e marginalizadas.