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“A Economia Azul é um dos principais aceleradores do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde” – Ulisses Correia e Silva

O Primeiro-ministro falava na sessão de abertura do Debate Estratégico Sobre a Economia Azul no Horizonte 2030, o qual presidiu, esta manhã, 28, no Ministério das Finanças.

De acordo com o Primeiro-ministro, a Economia Azul é um dos principais aceleradores do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, com forte potencial na contribuição para o PIB, para as exportações de bens e serviços e para a criação de emprego. Razão pela qual, o Governo “assume” claramente a Economia Azul como uma das principais âncoras do desenvolvimento, e vai trabalhar no sentido de mobilizar parcerias e investimentos, partilhar riscos com os privados nos investimentos estratégicos e participar ativamente em organismos regionais e internacionais sobre a economia azul.

O Primeiro-ministro falava na sessão de abertura do Debate Estratégico Sobre a Economia Azul no Horizonte 2030, o qual presidiu, esta manhã, 28, no Ministério das Finanças.

A ideia, segundo o governante, é conseguir transformar o extenso mar que nos circunda, em economia azul, num forte compromisso entre a economia e a sustentabilidade, entre a exploração dos recursos e a preservação do ambiente e dos recursos costeiros e marinhos. Um forte compromisso entre a criação de riqueza, emprego e rendimento e a produção de benefícios ambientais e climáticos.

Aliás, afirmou que a Visão do Executivo para a economia azul cabo-verdiana no horizonte 2030 é sustentada na transformação de Cabo Verde numa plataforma marítima e logística internacional e num país globalmente inserido na economia regional e mundial.

“Ambicionamos uma economia azul inclusiva e sustentável, enquanto importante acelerador do crescimento económico e catalisadora de maior resiliência económica, mais emprego e mais bem-estar para as populações”, disse, apontando por isso, a criação do Ministério da Economia Marítima como integrador e impulsionador das políticas públicas no domínio da economia azul com sede em S. Vicente, devido à vocação desta ilha, assente na sua história económica ligada ao mar.

É também nesta linha que se criou a Zona Económica Especial Marítima em São Vicente no sentido de permitir “a passagem de uma abordagem meramente setorial e compartimentada, para uma abordagem holística que permite a exploração de sinergias e complementaridades entre os diferentes sectores e entre os diferentes níveis de governança (globais, internacionais, regionais, nacionais e locais) e permitir a alocação eficiente de recursos, incentivos e investimentos”.

“Criamos a Zona Económica Especial Marítima em São Vicente para oferecer um quadro coerente e consistente para a atração de investimentos privados nacionais e estrangeiros no eco turismo ligado ao mar, na atividade portuária, nos transportes marítimos, nas pescas, na indústria, na aquacultura, na reparação naval, no bunkering”, reiterou o Primeiro-ministro, sublinhando de igual modo, a criação do Campus do Mar, em S. Vicente, para dotar Cabo Verde de recursos humanos qualificados nos diversos domínios da economia azul através da formação técnico e profissional, da investigação & desenvolvimento e do ensino superior devidamente articulados.