O Secretário de Estado da Economia Digital, Pedro Lopes, defendeu ontem que “a agricultura em Cabo Verde precisa de ferramentas novas, bem como de sensores inteligentes e o controlo alimentar precisa de ser feito de uma forma diferente e com métodos modernos”.
O Governante assumiu esta posição enquanto discursava no ato de encerramento do workshop sobre “Agricultura Inteligente e Sustentável”, promovido pela Fundação Smart City Cabo Verde e a Universidade de Cabo Verde, através da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais (ECAA).
“Acredito verdadeiramente que se pensarmos nos eixos estratégicos do Governo de Cabo Verde e se pensarmos no programa de desenvolvimento sustentável do nosso país, em que temos como pilares o turismo, as energias renováveis, a economia digital, economia marítima e a agricultura, o digital pode ser um fim, mas também uma ferramenta de alavancagem desses sectores”, disse.
Na mesma linha, Pedro Lopes enfatizou que “há realmente” uma oportunidade para os jovens que queiram introduzir novos métodos para que a agricultura seja mais sustentável e mais inteligente.
“Recentemente vimos na televisão a dificuldade que é encontrar jovens para estarem na agricultura, na monda. Temos oportunidades para os jovens, mas estes não querem ir. Mas tem juventude que não quer estar na monda, mas pode estar de uma forma diferente, na construção de dispositivos inteligentes em conjugação com pessoas que não estudaram ou que gostam de trabalhar no campo e têm experiência de terreno”, explicou.
O Governante garantiu que “é esta combinação que pode levar à transformação de Cabo Verde: agricultores com uma visão mais tradicional e jovens que pensam o mundo global”.
O workshop sobre “Agricultura Inteligente e Sustentável” decorreu durante dois dias, no novo campus da universidade pública, e teve como objetivo partilhar com a população académica, principalmente os jovens, o projeto piloto de Climate Smart Agriculture e as oportunidades que a inovação e a tecnologia podem trazer na resolução dos desafios que as cidades enfrentam, nomeadamente, o da segurança alimentar, do emprego jovem, das questões climáticas e da melhoria da qualidade de vida das pessoas, com a introdução de novos modelos de produção agrícola, entre outras questões.