O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial (MPIFE), afirmou, esta segunda-feira, 10, que, enquanto integrantes de uma mesma comunidade, os Estado-membros devem estar todos alinhados na visão e medidas necessárias para dar sustentabilidade e solidez ao setor das micros, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s), porquanto representam o grande setor em matéria de volume de emprego e rendimentos para as famílias.
Eurico Monteiro fez esta afirmação a margem do encontro do Conselho de Presidente da ECOWAS, Small Business Coalition 25, que arrancou esta segunda-feira, na Praia, reunindo líderes empresariais, representantes governamentais, instituições financeiras e organizações de desenvolvimento económico da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com o objetivo de alinhar a sua visão estratégica, fortalecer-se do ponto de vista operacional e impulsionar iniciativas de grande impacto nas MPME’s da região da CEDEAO.
O instrumento de liberalização do comércio na região da CEDEAO e o Acordo de Livre Comércio Continental Africano, sublinhou o Ministro, são desafios e oportunidades de grande impacto no desenvolvimento da África, alterando sobremaneira o seu regime de mercado, “um mercado completamente aberto, live e concorrencial, que representa enormes potencialidades, mas que pode constituir também um grande problema para as MPME’s se não estiverem preparadas na montagem dos seus projetos de negócios, na qualificação da sua gestão, na capacidade de aproveitamento das suas sinergias e no uso de tecnologias cada vez ousadas e inovadoras.
É que, “sem a criação de um ecossistema com capacidade de apoiar, de ponta a ponta, com acompanhamento minucioso, desde a formulação da ideia de negócio, montagem dos projetos, buscas de financiamento, apoios na formação do capital, suporte nos créditos e garantias, as MPME’s poderão sentir imensas dificuldades de arranque e de sobrevivência”, alertou o Ministro, destacando o esforço que tem sido feito por Cabo Verde na criação de um ecossistema credível que, embora não ausente de defeitos, tem funcionado razoavelmente bem, e ao qual se quer dar ainda mais visibilidade e funcionalidade, estreitando o entrosamento com os empreendedores e reforçando a formação profissional na gestão.
“Mas se é certo que o Estado e outras instituições sociais ou de financiamento em regime de facilidades assumem estas obrigações, também não é menos certo que a responsabilidade e a responsabilização dos empreendedores devem ser claras e inequívocas, pois que todo incumprimento não só contribui para corroer a robustez do sistema, como também, em larga escala, pode levar ao colapso do sistema”, finalizou o Ministro que, nesta data, muito significativa porque próxima do dia 8 de março, também enalteceu as mulheres da região, e não só, pela preponderância que têm vindo a ganhar em vários domínios.