A Estratégia Nacional para o Mar (ENM) é um documento estratégico e de orientação das políticas públicas de curto, médio e longo prazos de Cabo Verde, no quadro do PEDS II, acentuou o Ministro do Mar, Jorge Santos, que presidiu o encerramento do ateliê de apresentação do documento, na cidade da Praia, nesta terça-feira, 15.
A Estratégia define três grandes prioridades, destacou o governante, pontuando que um dos objetivos é potenciar, situar e dar centralidade ao mar na diversificação da economia cabo-verdiana e, ao mesmo tempo, transformar o mar em um acelerador do crescimento económico do país.
O Ministro indicou a modernização e extensão das infraestruturas marítimas e portuárias, a nível da reparação naval e dos complexos de pesca como uma das prioridades.
A industrialização e modernização da pesca entram como segunda prioridade. Aqui, destaca-se a aquicultura, com ênfase nos projetos em curso na ilha de São Vicente, pela Nortura e a Fazenda de Camarão, um “elemento novo” que está a começar a desenvolver.
“O desenvolvimento da pesca e a sua industrialização implicam também a transição da pesca artesanal semi-industrial para uma pesca industrial”, enfatizou o Ministro, para quem a ENM “é clara”, acentuando que “é potenciando e evidenciando o setor privado, nacional e estrangeiro, que nós podemos dar esse salto de qualidade”.
De seguida, pontua o Capital Humano, com atenções no Campus do Mar/Universidade Técnica do Atlântico, “principalmente” na sua vertente Instituto Superior de Engenharia e Ciências do Mar.
A Escola do Mar, instituição que se ocupa da formação de marítimos e de pescadores, “é essencial” para se ter transportes marítimos e pesca, ajuntou o Ministro. O Instituto do Mar, por sua vez, que se ocupa da investigação e dos estudos, e que tem um Centro Oceanográfico, é outra peça-chave neste xadrez.
O governante enfatiza que a Estratégia Nacional para o Mar “foca” na valorização do Capital Humano como um “elemento acelerador”, destacando, ainda, que a área ambiental é uma vertente “importante” da ENM.
“Outra vertente importante desta ENM é a sustentabilidade e a segurança ambiental”, pontuou.
“Tudo o que nós desenvolvemos no mar em Cabo Verde tem que ser no estrito respeito pelas normas internacionais e nacionais de defesa do ambiente, seja a nível das praias, seja ao nível de construções na orla marítima e seja na exploração offshore”, acentuou.
O Ministro vinca que o mar é “muito mais” que pescas, sublinhando que o mar é energia, são as telecomunicações com passagens de cabos de fibra ótica, é no mar que se dessaliniza água para abastecimento público e para a agricultura, é no mar que se desenvolvem os desportos náuticos e é no mar que acontece a grande área dos transportes marítimos.
