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Ministro das Comunidades reuniu com emigrantes na Casa da Cultura em Roterdão

No segundo dia de missão à 4 países europeus, iniciado no dia 4 de junho, em Holanda, o Ministro das Comunidades, Jorge Santos, manteve um importante encontro com a comunidade cabo-verdiana na cidade de Roterdão, numa oportunidade para reconhecer e enaltecer o contributo de muitos cabo-verdianos para o desenvolvimento desse País e do próprio Arquipélago.

Ao lado do Cônsul, Gregório Semedo, que inaugurou o encontro, o Ministro começou por destacar que “o maior e melhor” investimento que um Cabo-verdiano da Diáspora, no caso concreto, a Comunidade de Holanda, pode dar a Cabo Verde, “é investir na sua própria pessoa e ser um bom cidadão no País onde trabalha”.

O Ministro das Comunidades afirmou ser este o “maior legado” que possa haver, enfatizando que a partir deste “legado” é possível criar “pontes” com o País de origem.

Num encontro bastante concorrido, o Ministro deu conta da sua agenda que o leva aos Países Baixos, França, Luxemburgo e Alemanha, para contatos com cabo-verdianos e autoridades dos respetivos países, e elogiou a participação financeira da Diáspora no desenvolvimento das Ilhas, dando conta que só em 2023, essa participação foi na ordem dos 375 milhões de Euros.

A Lei da Nacionalidade – que permite até trinetos adquirir a nacionalidade Cabo-verdiana -, o novo modelo de despacho de pequenas encomendas, a Agenda de Privatizações, o Parque Tecnológico, o Portal Consular – que permite a facilitação de acesso aos documentos e todos os serviços públicos digital, foram assuntos abordados no encontro, onde também o Ministro falou das oportunidades de investimento em Cabo Verde e dos benefícios fiscais que o País cria no âmbito do Estatuto do Investidor Emigrante.

Os transportes foram outro tema da conversa em Roterdão, com o Ministro a garantir que a TACV está a equacionar voos para Holanda, assumindo que esta rota é uma “questão de honra”.

Um 3.º Boeing está em processo de aquisição para alargar o número de destinos na Europa e Américas, indicou.

Jorge Santos deu conta que o investimento da Diáspora em Cabo Verde, no momento, ascende a 1.2 milhões de contos, ao passo que o investimento direto em áreas como turismo, residenciais, restaurantes, agricultura, pesca ronda os 5 milhões.

Por outro lado, informou que 64% dos depósitos em Cabo Verde são da Diáspora, um “recurso endógeno, com sustentabilidade”, enfatizou.

Os participantes puderam expor de forma frontal e direta, ao Ministro, as suas preocupações sobre o País, com Jorge Santos a responder de forma categórica a todas as questões, elogiando sempre o Capital Humano e a enaltecer o apoio da Diáspora às famílias nas Ilhas.