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Simpósio Internacional “Memórias e Diálogos de Resistência no Tarrafal de Santiago” termina com 17 recomendações para promoção, preservação e apropriação do Campo de Concentração

Estas recomendações ainda deverão assegurar a relevância da transmissão e partilha das memórias como elementos fundamentais para a educação das gerações do presente e do futuro, perspetivando a contínua proteção, valorização e musealização.

No Campo de Concentração do Tarrafal, também já denominado de Campo de Trabalho e/ou Campo de Morte Lenta estiveram académicos, investigadores Guiné-Bissau, Angola, universitários, Ex. presos políticos e familiares, jovens e operadores locais e púbico em geral, num intenso debate sobre este que é um património nacional.

A intenção de Cabo Verde, conforme já oficializou o Governo de Cabo Verde junto à UNESCO, é elevar o Campo de Concentração a Património da Humanidade. Os trabalhos para tal intento já vêm sendo realizados há já algum tempo e já se ouve vozes que querem se unir a esta iniciativa de Cabo Verde.

Durante o marco dos “50 anos de Encerramento do Campo de Concentração”, uma iniciativa conjunta – Cabo Verde e Portugal, em parceria com Angola e Guiné-Bissau, saíram 17 recomendações que tem como propósito a promoção, a preservação, a apropriação e, acima de tudo, a salvaguarda da memória do que Tarrafal viveu.

Estas recomendações consideraram o marco extraordinário dos 50 anos do encerramento do Campo de Concentração e suas nuances nos marcos históricos do 25 de abril e da independência das antigas colónias em África, assumindo a importância do Campo de Concentração do Tarrafal enquanto património histórico e cultural transnacional que une os povos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal e, entendendo ter tido papel essencial, enquanto testemunho material para a compreensão de marcos de luta e resistência pela liberdade dos povos.

Estas recomendações ainda deverão assegurar a relevância da transmissão e partilha das memórias como elementos fundamentais para a educação das gerações do presente e do futuro, perspetivando a contínua proteção, valorização e musealização.

As atividades decorreram de 08 a 10 de maio e culminou com o Festival de Resistência – Do Eco à Música.