Uma candidatura que pretende ser conjunta – Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau e uma forma de marcar, para toda a humanidade, aquilo que aconteceu neste arquipélago durante 38 anos, num lugar onde foram depositados cerca de 600 presos políticos em condições desumanas.
No âmbito da celebração dos 50 anos de 25 de abril e 50 anos do Encerramento do Campo Concentração do Tarrafal, o Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas e sob coordenação do Instituto do Património Cultural, apresentou a estratégia de candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal a Património da Humanidade.
A apresentação foi feita pela presidente do Instituto do Património Cultural, Ana Samira Baessa, que lembrou que da lista atual de sítios classificados como património mundial pela UNESCO, apenas 8% são africanos.
Uma candidatura que pretende ser conjunta – Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau e uma forma de marcar, para toda a humanidade, aquilo que aconteceu neste arquipélago durante 38 anos, num lugar onde foram depositados cerca de 600 presos políticos em condições desumanas.
Para o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que presidiu o ato, a formalização da candidatura e a elevação do Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade “é o reconhecimento das memórias dos que passaram por ali e dos sacrifícios envidados por muitos na altura”.
O dossiê está a ser constituído e contará com suporte de técnicos, mas também de outros atores institucionais e da sociedade civil.
Recorde-se que o Governo acabou de formalizar a intenção da candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago através de uma resolução publicada ontem, 25 de abril de 2024.