“Cabo Verde, com mais de 99% de seu território composto por mar, está empenhado em posicionar-se como um líder na economia azul, estabelecendo metas ambiciosas para a transição energética, gestão da água e desenvolvimento sustentável, envolvendo ativamente o setor privado”. Declarou, para acrescentar que “a ação climática e a gestão sustentável dos recursos marinhos representam oportunidades de investimento privado, parcerias público-privadas, crescimento económico e criação de emprego”.
O Primeiro Ministro, José Ulisses Correia e Silva, voltou a apontar à “urgência de uma responsabilidade global para a proteção e conservação dos oceanos, reafirmando o compromisso para as gerações presentes e futuras”, durante o seu discurso na 9ª Edição da Conferência “Nosso Oceano” que decorre em Atenas, na Grécia.
“Acredito firmemente na possibilidade de conciliar a economia com a ação climática através de políticas estratégicas, incentivos adequados e uma forte vontade política”, disse o Chefe do Governo cabo-verdiano, ao mesmo tempo que enfatizou “a importância da segurança, abordando-a num conceito amplo e global, que inclui a proteção contra o tráfico de drogas, tráfico de seres humanos e pirataria marítima, bem como a luta contra a poluição e pesca ilegal, garantindo também a segurança alimentar, energética e cibersegurança”.
Para Ulisses Correia e Silva, “é evidente que uma parte significativa desta segurança depende da segurança marítima”.
“Cabo Verde, com mais de 99% de seu território composto por mar, está empenhado em posicionar-se como um líder na economia azul, estabelecendo metas ambiciosas para a transição energética, gestão da água e desenvolvimento sustentável, envolvendo ativamente o setor privado”. Declarou, para acrescentar que “a ação climática e a gestão sustentável dos recursos marinhos representam oportunidades de investimento privado, parcerias público-privadas, crescimento económico e criação de emprego”.
À margem da conferência de Atenas, o Primeiro Ministro encontrou-se com o seu homólogo de Dominica, tendo este manifestado interesse em estabelecer relações diplomáticas e políticas de proximidade com Cabo Verde.
“Embora em geografia diferente, partilhamos com Dominica o facto de sermos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) que fazem questão de serem relevantes no concerto das nações. Amplificar a voz dos SIDS é do interesse comum para fazer valer as nossas especificidades”, disse o governante cabo-verdiano.
Recorde-se que esta visita à Grécia constitui também uma oportunidade para reforçar as relações bilaterais e multilaterais com a República Helénica. As relações entre Cabo Verde e a Grécia datam dos anos 80, e desde 2022 têm sido fortalecidas através de consultas bilaterais alternadas entre os dois países, com o objetivo de ampliar a cooperação bilateral e trocar pontos de vista sobre questões regionais e internacionais de interesse comum.
Na Grécia reside uma pequena Comunidade Caboverdiana, especialmente na capital Atenas, que está bem integrada na sociedade.