O Ministro do Mar, Abraão Vicente, garantiu na sexta-feira, 23 de fevereiro, durante o seu discurso de encerramento do debate sobre a conectividade entre as ilhas e de Cabo Verde com o mundo, que o Governo de Cabo Verde está a trabalhar nas soluções para melhoria contínua e progressiva da conectividade entre as ilhas, seja ela aérea ou marítima.
O Governante reconheceu, face à plenária, os constrangimentos que tem havido nos transportes aéreos e marítimos, assegurando que o executivo está a trabalhar para as soluções, que serão visíveis brevemente. “Os cabo-verdianos confiaram no Governo liderado por Ulisses Correia e silva para a encontrar destas soluções, estamos a trabalhar para isso. As reformas do setor estão a acontecer”, garantiu.
Fazendo um diagnóstico, explicou que os transportes marítimos até 2016 era muito claro: “muitos operadores com frota envelhecida e falta de condições de manutenção, acentuada irregularidade e previsibilidade de viagens, falhas no abastecimento de bens de primeira necessidade, défice de segurança e número elevado de naufrágios (13 entre 2008 e 2015)”.
Já em 2023, os dados apresentados pela Enapor e pelo Gabinete de acompanhamento da concessão apresentam melhorias significativas.
“Temos 43 ligações semanais, 23 feita pela concessionária e 20 por empresas privadas. Atingimos o pico de transportes marítimos em 2023, um crescimento de 50% comparado com o período pré-covid e 81% comparado com 2015. É história e factos concretos. Em relação à carga, houve um aumento de 35% superior a pré-covid e 60% em relação a 2015”, apontou o Ministro.
Contudo, relembrou que a conectividade e melhoria do sector também se faz com investimentos nas condições de logística portuária. Neste ponto, aproveitou para elencar os outros investimentos para melhoria do sector dos transportes e conectividades marítimas como é o caso da renovação da rede de gares marítimas do país, os investimentos que serão feitos nos portos da Praia, Mindelo, Maio, São Nicolau, Fogo e Boa Vista, com investimento do governo e parceiros internacionais.
Do investimento nos portos aos equipamentos, elencou a aquisição de embarcações novas, adaptadas as águas e portos do país. “Não estamos no nível onde deveríamos estar, reconhecemos. Nós construímos e publicamos uma nova política tarifaria que conforma uma visão de cargas e passageiros, mas modernização de uma lei de trás transparências e benefícios aos utentes”.
Sobre a adenda ao contrato de concessões dos transportes marítimos, questionado pela oposição devido ao valor da indemnização compensatória, fez saber que o Governo fixou, em 2023, um teto máximo a ser pago pelo Estado para garantir o serviço mínimo de transporte público, principalmente nas linhas mais deficitárias. Com a nova adenda, assegurou, o está pagará o máximo de 20 mil contos anualmente.
Por fim, em nome do Governo, o Ministro do Mar apelou, uma vez mais, à confiança do povo cabo-verdiano no executivo liderado por Ulisses Correia e Silva, garantindo que se está a construir soluções. “Estamos a trabalhar de uma forma incansável para que as soluções para os transportes marítimos e aéreos cheguem a Cabo Verde”.
