O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, discursou ontem, 10 de dezembro, em representação do Chefe de Estado, José Maria Neves, na 64.ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, em Abuja, Nigéria.
Na sua intervenção Rui Figueiredo sublinhou que a nossa sub-região precisa de paz, estabilidade e segurança para que o desenvolvimento possa realizar-se.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que, diante da “complexidade e da gravidade” da situação securitária na nossa sub-região, é preciso “redobrar e conjugar esforços para que haja um maior envolvimento dos nossos parceiros externos no combate ao terrorismo e ao extremismo radical, no entendimento que a segurança é um bem global que deve ser efetivamente preservado em parceria, visto que os efeitos da insegurança não conhecem fronteiras”.
No que concerne às situações de transição nos países sob sanções da CEDEAO, o Chefe da Diplomacia reiterou que, apesar da firmeza de posições que se verifica neste momento, é importante que se continue a explorar todas as vias disponíveis e possíveis para que o diálogo prevaleça na busca de soluções que levem à reposição da normalidade constitucional nesses países. Em relação à situação no Níger, Cabo Verde entende que se deve continuar a privilegiar via negocial na busca da reposição da ordem constitucional.
De realçar que Rui Figueiredo Soares, em nome de Cabo Verde, regozijou-se com as recentes eleições presidenciais na Serra Leoa e na Libéria, e destacou a importância da aceitação da vontade soberana expressa nas urnas para a construção de sociedades inclusivas e estáveis.
“Por isso, juntamos a nossa voz às felicitações ao Presidente George Weah pela grandeza democrática de homem de Estado de que deu provas ao aceitar os resultados das eleições”, realçou, reiterando que em relação à Serra Leoa entende-se ser extremamente importante que a CEDEAO faça de tudo ao seu alcance para ajudar o Governo do país a garantir a estabilidade e a normalidade constitucional.
