Um presente do Governo de Cabo Verde à ilha da Boa Vista e a todos os boavistenses daquela que foi “pioneira” da internacionalização da morna e que foi, também, uma das maiores “cantadeiras de todos os tempos”.
O busto em homenagem a Maria Barba, foi entregue ontem, 8 de junho, no ato de inauguração do Museu de Arqueologia da Boa Vista; e está enquadrado no projeto de elevar figuras e personalidades incontornáveis da nossa cultura, criado pelo Governo, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, desde a legislatura 2016/2020.
“O busto foi feito a partir de fotografias da época da Maria Bárbara. É um presente do Governo de Cabo Verde à Câmara Municipal da Boa Vista que irá colocá-lo num espaço adequado, em nova cerimónia que será organizada pela edilidade local para homenagear a morna e Boa Vista”, afirmou o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
O busto foi feito no âmbito da implementação do projeto de salvaguarda da morna, enquadrado num programa delineado através do MCIC para elevar e divulgar os grandes nomes ligados a este género musical tradicional de Cabo Verde, “música rainha di nós terra”, reconhecida como Património Imaterial da Humanidade, pela Unesco, em dezembro de 2019.
“Maria Bárbara acabou por ser a impulsionadora do percurso de outros grandes nomes da morna em Cabo Verde, como Cesária Évora, Celina Pereira e vários outros cantores”, referenciou a presidente do IPC – Instituto do Património Cultural, Ana Samira Silva Baessa.
Maria Barba ou Maria Bárbara nasceu em 1905. Natural de Povoação Velha, ilha da Boa Vista, é considerada uma das maiores referências da morna. A mesma integrou uma delegação, com um grupo de cantadeiras que em representação de Cabo Verde, participara numa Exposição Colonial, na cidade do Porto, em Portugal, em 1934, tendo sido a primeira vez que se levou a morna para um espaço fora do território nacional.
