Técnicos do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica (INMG) e da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), apresentaram, hoje na Praia, os resultados da previsão pluviométrica sazonal para o ano agrícola 2023. A apresentação desses resultados resulta de uma missão de trabalho ao Níger e validados por vários técnicos de diferentes países da África Sudano-Saheliana.
Técnicos do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica (INMG) e da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), apresentaram, hoje na Praia, os resultados da previsão pluviométrica sazonal para o ano agrícola 2023. A apresentação desses resultados resulta de uma missão de trabalho ao Níger e validados por vários técnicos de diferentes países da África Sudano-Saheliana.
Em termos exatos, o documento apesentado pelo INMG e ANAS, prevê, para o ano agrícola de 2023, tanto para o período de junho, julho e agosto, como para julho, agosto e setembro, uma maior probabilidade de as chuvas serem dentro da média climatológica. Para as ilhas do Sul do Arquipélago, as probabilidades apontam uma ligeira tendência para chuvas serem acima da média.
Em termos da estação de chuvas, prevê-se um início normal a precoce, (em meados de julho) e fim de estação tardia (meados de outubro).
Em termos de sequências de dias secos, previstas a serem dentro do normal no início da estação de chuvas (5-7 dias), a longas, com o avanço da estação. Isto quer dizer que, após o início da estação (que é considerada quando temos chuvas superiores a 20mm em 1-3 dias consecutivos), os dias consecutivos sem chuva serão menores em número no inicio, do que já com aproximar do fim da estação.
Porém, apesar das probabilidades indicarem chuvas dentro do normal, não se descarta a possibilidade de ocorrência de eventos meteorológicos extremos (tempestades tropicais, chuvas intensas, ventos fortes e agitação marítima), que podem atingir todo arquipélago, com intensidades variadas.
O Presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento, Cláudio dos Santos, adiantou que, devido à falta de precipitação registada nos últimos anos, não tem havido a recuperação dos volumes de água nos principais reservatórios de recarga natural das águas subterrâneas, estando estes no limite mínimo das suas capacidades, em comparação os com os volumes historicamente medidos, apresentando um acentuado decréscimo na capacidade de armazenamento de água subterrânea.
“Espera-se que a precipitação esperada possa ajudar na recuperação dos volumes de água nos principais reservatórios de recarga natural das águas subterrâneas, garantindo a recarga dos aquíferos, assim como a resultante melhoria da capacidade de mobilização de água nos principais furos, poços e nascentes, acrescido de uma estabilização ou redução da condutividade elétrica ou salinidade da água mobilizada”, afirma Cláudio dos Santos.