Para Jorge Santos, a realização desta gala acontece num momento em que Cabo Verde ambiciona tornar a sua Diáspora numa centralidade e extensão das Ilhas do ponto de vista identitário, cultural, económico e de conhecimento, sendo um dos maiores investidores, parte importante do ecossistema de investigação e do desenvolvimento da ciência, importante protagonista da notoriedade e do prestigio do País no mundo, assumindo cada vez mais como elemento nuclear de referência e de orgulho nacional.
Em resposta a convite da União dos Estudantes Cabo-verdianos de Lisboa, em parceria com a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, o Ministro das Comunidades, Eng.° Jorge Santos, participou ontem, sábado, na primeira edição da “Gala Prémios da UECL”.
Na sua intervenção na Gala, Jorge Santos dirigiu, em primeiro lugar, palavras ao Presidente da União dos Estudantes Cabo-verdianos de Lisboa, o jovem, Edson Veiga, agradecendo o convite para nela participar e testemunhar a distinção e reconhecimento do mérito, potencial e o percurso académico de alunos Cabo-verdianos que frequentam o ensino superior naquela Cidade.
Para Jorge Santos, a realização desta gala acontece num momento em que Cabo Verde ambiciona tornar a sua Diáspora numa centralidade e extensão das Ilhas do ponto de vista identitário, cultural, económico e de conhecimento, sendo um dos maiores investidores, parte importante do ecossistema de investigação e do desenvolvimento da ciência, importante protagonista da notoriedade e do prestigio do País no mundo, assumindo cada vez mais como elemento nuclear de referência e de orgulho nacional.
“Ambicionamos também realizar uma integração estratégica transversal, em matéria de planeamento, mudar o paradigma na relação do País com as suas Comunidades no exterior, alinhando a visão que a Diáspora tem de si e do País, com a visão que o País tem de si e da sua Diáspora e colocar Cabo Verde na vanguarda das melhores práticas dos fenómenos migratórios mundiais”, acrescentou.
Segundo o governante, o Ministério sobre a sua liderança integrou no seu Plano Estratégico cerca de 87 produtos para serem entregues à Diáspora e o associativismo tem uma considerável relevância.
Por outro lado, o Ministro deu conta da legislação que cria os Conselhos Regionais e Nacionais das Comunidades, de uma proposta de lei de reconhecimento jurídico e atribuição do estatuto de utilidade publica às associações e ONGs da Diáspora, em elaboração, do plano de capacitação e empoderamento das associações e coletividades das Comunidades no exterior, também em elaboração, da agenda de intercâmbios e interação de jovens nacionais com jovens da Diáspora no domínio do conhecimento, cultura e desporto.
O Ministro ainda informou da criação de um serviço de informação jurídica voltada para a Comunidade; de Centros Culturais, Casas de Cabo Verde e Escolas Cabo-verdianas na Diáspora. Edificar o Museu da Diáspora em Cabo Verde e ligá-lo aos demais museus da nossa comunidade instalada nos países que acolhem a nossa emigração e a continuidade da gala “Diáspora de sucesso”, são outros projectos para breve.
Na sua intervenção o Ministro também aludiu à ideia da criação de uma Fundação Pública para a Diáspora; do Portal de Conectividade funcional com a Comunidade, a par de uma agenda de participação de académicos e investigadores que vivem fora de Cabo Verde, no âmbito do programa nacional da ciência e criar a figura de Adidos Culturais e das Comunidades.
“O papel das associações académicas não se deve limitar apenas aos estudos. São também desafiados a assumir, igualmente, a condição de adidos comunitários que se desdobram em múltiplas funções de interesse para as Comunidades Cabo-verdianas e para Cabo Verde”, apontou Jorge Santos.
