A tutela do sector do Mar em Cabo Verde, assumiu este posicionamento durante a sua intervenção na conferência ministerial de alto nível “Blue Justice” que decorre em Copenhaga Dinamarca. Encontro que reúne 24 Ministros responsáveis do sector para juntos traçarem metas, ferramentas para o combate ao crime nos mares, a pesca INN.
A tutela do sector do Mar em Cabo Verde, assumiu este posicionamento durante a sua intervenção na conferência ministerial de alto nível “Blue Justice” que decorre em Copenhaga Dinamarca. Encontro que reúne 24 Ministros responsáveis do sector para juntos traçarem metas, ferramentas para o combate ao crime nos mares, a pesca INN.
Abraão Vicente começou por sublinhar a importância do sector da pesca para o nosso pequeno Estado Insular, mas grande Estado Oceânico, com uma zona económica exclusiva 734 265 km2, o que o faz o 1ª na Africa ocidental, o 6ª na Africa e o 36ª no mundo, no tocante à extensão da ZEE, com uma situação uma situação geoestratégica privilegiada no meio do Atlântico.
Situação que também levanta preocupações. “Sendo a pesca em Cabo Verde, essencialmente artesanal, com uma frota muito pequena de pesca semi-industrial, menos de 100, cuja capacidade não permite atingir distancia da costa, podemos considerar como um dos países que menos contribui para sobrepesca e sobre exploração dos recursos oceânicos no mundo. No entanto, a sua localização geoestratégica no corredor do Atlântico e a sua proximidade de uma das zonas mais quentes do globo, em termos de crime marítimo, no Golfo da Guine, origina preocupação securitárias marítimas acrescentadas”, afirmou o governante.
Face a este cenário e vulnerabilidade partilhada pelos países da nossa sub-região, o governante defendeu que as ações globais com impactos globais devem ser implementadas a nível local, pelos governos que conhecem as nossas realidades, zonas costeiras e podem de uma maneira rápida, eficiente implementá-las.
“O acesso ao fundo climático, fundo verde, aos fundos internacionais devem ser, preferencialmente, desenhados para serem implementados através dos Governos. Não é possível aceitar a continuidade de políticas que visam criar organismos paralelos aos governos nacionais para implementar políticas que visam, de facto, o empoderamento das nossas comunidades e a implementação de políticas que tenham impactos reais a longo médio-longo prazo”, defendeu sublinhando, entretanto, que “Cabo Verde é pela cooperação multilateral, mas é, sobre tudo, pelo empoderamento dos países.
No tocante aos compromissos assumidos por Cabo Verde no combate à pesca INN, assegurou que o Estado tem se comprometido com todos os acordos regionais e internacionais, apelando aos Estados que “não podemos continuar de os olhos fechados perante as ações de sobrepesca, e que impactam, principalmente, os pequenos Estados Insulares”.