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Ministro das Comunidades abre Mesa Redonda Internacional sobre Produção de Estatísticas Oficiais da Diáspora Cabo-verdiana

O titular da pasta das Comunidades iniciou a sua intervenção felicitando o INE por esta iniciativa que vai permitir o início do processo de apropriação por parte do sistema Nacional de Estatística e pelo INE, enquanto líder do sistema estatístico nacional de um dos principais produtos do Plano Estratégico das Comunidades a ser materializado na vigência desta Legislatura 2021-2026. A materialização deste Plano responde os desafios do Programa de Governo, que propõe dar Centralidade à Diáspora Cabo-verdiana no exterior e os seus descendentes como extensão das nossas Ilhas.

O Ministro das Comunidades, Jorge Santos, presidiu na Cidade da Praia, a abertura de uma Mesa Redonda Internacional sobre a Produção de Estatísticas Oficiais da Diáspora Cabo-verdiana.

O titular da pasta das Comunidades iniciou a sua intervenção felicitando o INE por esta iniciativa que vai permitir o início do processo de apropriação por parte do sistema Nacional de Estatística e pelo INE, enquanto líder do sistema estatístico nacional de um dos principais produtos do Plano Estratégico das Comunidades a ser materializado na vigência desta Legislatura 2021-2026. A materialização deste Plano responde os desafios do Programa de Governo, que propõe dar Centralidade à Diáspora Cabo-verdiana no exterior e os seus descendentes como extensão das nossas Ilhas.

Jorge Santos explicou, de forma sucinta, a nova centralidade que o Governo pretende dar à Diáspora: “Dar centralidade às nossas Comunidades implica assumir que Cabo Verde é um País de emigração e que temos mais gente a viver lá fora do que aqui dentro e reafirmar a vontade política do Governo na integração da nossa Diáspora no nosso processo de desenvolvimento, o que obriga conhecê-la, saber onde ela se encontra, conhecer os seus membros e os respetivos perfis, através de estatísticas fiáveis e oficiais por que produzidas pela autoridade estatística nacional e integrada no sistema estatístico nacional”, disse o Ministro.

De acordo com o governante, transmitir a importância na produção das estatísticas oficiais da Diáspora Cabo-verdiana é uma das prioridades do Governo: saber quem são, onde se encontram e como se encontram integrados nos respetivos países de acolhimento, considerando que o país tem uma Diáspora estimada em 1,5 milhões de habitantes residentes em cerca de 40 países, sendo 3 vezes maior que a população residente nas Ilhas.

Estima-se que existem no mundo 2 milhões de Cabo-verdianos distribuídos pelo território nacional, nas Regiões de África, Américas, da Europa e Resto do Mundo.

A população residente, no território nacional, é de, aproximadamente, 500 mil habitantes, (25%) da população total. A estimativa para a região da África aponta para 200 mil Cabo-verdianos (10, % da população total e 13, 33% da nossa Diáspora) ou mais (distribuídos por Angola, São Tome e Príncipe, Moçambique, Senegal, Guiné-Bissau, Costa do Marfim etc, etc).

Para a Região das Américas 850 mil Cabo-verdianos (ou mais), 42, 5% da nossa população total e 56, 65% da nossa Diáspora, com principal destaque para os Estados Unidos, Argentina e Brasil. Por último, na Região da Europa e resto do mundo cerca de 450 mil cabo-verdianos (ou mais) representando cerca de 22,5% da nossa população total e 30, 01% da nossa Diáspora, distribuídos por Portugal, Espanha, França, Países Baixos, Itália, Luxemburgo, Suíça, Bélgica e Suécia.

O Ministro aproveitou a oportunidade para reafirmar que o Governo de Cabo Verde destacou, neste ciclo de planeamento e no documento final do PEDSII (Pilar Economia, Pilar Social, Pilar Ambiental e Pilar de Soberania), integrou a visão da Diáspora Cabo-verdiana, Uma Centralidade, com a intenção de alargar e de reforçar o princípio da soberania nacional, aprofundar e valorizar a nossa democracia, fomentar a participação política dos membros da Diáspora.

No entender do Ministro, Cabo Verde tem de ser solidário com a sua Diáspora, sobretudo com aqueles que, na emigração, conheceram infortúnios de vida, mas também quer que aqueles cabo-verdianos que tiveram sucesso na Diáspora possam investir no país, que possam tornar-se em investidores diretos em setores críticos da vida nacional, tais como em setores como o turismo, a economia azul, a digitalização, energias renováveis e no desenvolvimento de capital humano.

Jorge Santos terminou a sua intervenção, apelando ao reforço da necessidade de cooperação entre os sistemas estatísticos cabo-verdiano com o dos países que acolhem a nossa Diáspora, visando cumprir esse desígnio fundamental do programa do Governo, tendo em vista o recenseamento da nossa população expatriada e a sua integração e sistematização contínua, através de estatísticas oficiais, em prol das necessidades de desenvolvimento de Cabo Verde.