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“Multiculturalidade em Saúde” – um projeto do Ministério da Saúde para maior inclusão e humanização  

Segundo a Ministra, aos trabalhadores, profissionais, cuidadores e agentes da promoção da saúde são exigidos a prestarem particular atenção às pessoas com deficiência, promovendo cuidados de saúde com a mesma qualidade dos dispensados as demais pessoas, isto quer dizer sensíveis, adequados e respeitadores dos direitos humanos, dignidade, autonomia e necessidade das pessoas com deficiência.

A Ministra de Saúde, Filomena Gonçalves, que falou hoje, durante a abertura da formação para o atendimento das pessoas com deficiência dirigida aos técnicos de saúde a nível nacional, anunciou que o Governo está a trabalhar num projeto maior denominado “Multiculturalidade em Saúde”, cujo objetivo é contribuir para o reconhecimento  e a integração das diversidades individuais, culturais e social na saúde, através do desenvolvimento de competências junto dos profissionais para a prestação de serviços e cuidados cada vez mais sensíveis e humanizados.

Segundo a Ministra, aos trabalhadores, profissionais, cuidadores e agentes da promoção da saúde são exigidos a prestarem particular atenção às pessoas com deficiência, promovendo cuidados de saúde com a mesma qualidade dos dispensados as demais pessoas, isto quer dizer sensíveis, adequados e respeitadores dos direitos humanos, dignidade, autonomia e necessidade das pessoas com deficiência.

“Estamos a trabalhar. Estamos a contribuir e estamos a incluir” reforçou a Governante, afirmando que este é o momento de atenção e de foco à população e das pessoas com difidência, pois o Governo reconhece e se esforça para garantir que, conforme o consagrado na Constituição da República e na Convecção sobre os direitos das pessoas com deficiência, retificado por Cabo Verde, este grupo populacional goza de um melhor estado de saúde possível sem descriminação em razão da sua condição física.

Especificamente na área da intervenção da dependência do álcool e outras drogas, alvo da formação iniciada, a Ministra da Saúde disse tratar-se de um complexo problema de saúde pública que tem comprometido múltiplas dimensões da vida do consumidor e torna-se imprescindível que as ações levadas a cabo continuem a ser abrangentes e integrados pelos profissionais de saúde com respeito pelos direitos, desejos, diferenças e necessidade de qualquer utente.

Para o presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde, ADEVIC, Marciano Monteiro, esta formação é um bom sinal porque mostra que os deficientes estão sendo levados em conta, pelo facto de se procurar uma parceria no sentido de criar materiais informativos em braile que permite às pessoas com deficiência visual acompanharem e estarem atualizados em relação às questões de prevenção do consumo de álcool e outras drogas.

“Infelizmente o uso do álcool e outras drogas é um problema que tem afetado a nossa sociedade e as pessoas com deficiências não estão isentas e, por isso, é importante que se trabalhe em termos de prevenção nesta população em específico.”

A formação para atendimento às pessoas com deficiência, decorre de 12 a 14 de dezembro, em formato hibrido e dirigida aos cerca de 60 técnicos das estruturas de saúde a nível nacional. Está a ser promovida pela Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD), em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (ADEVIC) e conta com a expertise do formador Gilvan Vitor dos Santos, que tem com larga experiência a nível internacional nesta matéria.

Com esta ação a CCAD objetiva reforçar as competências dos técnicos das estruturas de saúde, no atendimento a pessoas com deficiência, de forma a proporcionarem um atendimento mais inclusivo e acessível.