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Cabo Verde almeja alcançar a certificação da eliminação da transmissão vertical do VIH e sífilis congénita até 2024

Segundo Filomena Gonçalves, toda a criança merece nascer livre de VIH e crescer no seio da família, com a mãe viva e saudável. Por isso, apelou às entidades públicas, privadas e da sociedade civil, que continuem a participar, ativamente, nesta luta e de uma forma sustentável para o alcance do Objetivo da Certificação de Cabo Verde como país livre da Transmissão Vertical do VIH e sífilis até 2024.

Este é um desígnio nacional que a Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, realçou quinta-feira, durante o ato central que assinalou neste 1 de dezembro, o Dia Mundial de luta Contra a Sida que decorreu na Cidade da Praia.

Segundo Filomena Gonçalves, toda a criança merece nascer livre de VIH e crescer no seio da família, com a mãe viva e saudável. Por isso, apelou às entidades públicas, privadas e da sociedade civil, que continuem a participar, ativamente, nesta luta e de uma forma sustentável para o alcance do Objetivo da Certificação de Cabo Verde como país livre da Transmissão Vertical do VIH e sífilis até 2024.

“O Governo de Cabo Verde conta com todos e, juntos, acabar com as desigualdades, promover a saúde e prevenir a doença”, disse a Ministra, reafirmando, ainda, que o Governo tem estado a trabalhar afincadamente na sensibilização e na disponibilização do tratamento para as pessoas seropositivas, no sentido de baixar o máximo possível o nível de prevalência e, isso, tem sido conseguido.

Neste particular, Filomena Gonçalves deu exemplo o caso de São Nicolau, ilha onde quase 100% das pessoas seropositivas estão com a carga viral indetetável. Isto significa que, considera, os cuidados primários da saúde estão a funcionar e que os profissionais estão a trabalhar juntamente com as pessoas e as famílias na adesão ao tratamento.

A taxa de prevalência do VIH no país é de 0,6% na população geral segundo a Secretária Executiva do CCS-SIDA, Maria Celina Ferreira. Mas em alguns grupos específicos disse que tem uma taxa de prevalência que varia de 2,3 a 6% nomeadamente populações mais vulneráveis que precisa de mais atenção por parte das políticas públicas e das intervenções de prevenção e meios de proteção e de tratamento.

Em Cabo Verde a prevalência do VIH é maior nas mulheres (07%) de que nos homens (0,4%) e segundo a Secretária Executiva do CCSSIDA, isto significa que as mulheres têm mais vulnerabilidades socioculturais e biológicas e merecem toda atenção de prevenção e de abordagem integrada para se reduzir novas infeções em Cabo Verde.

100% das estruturas de saúde do país oferecem um pacote de cuidados de saúde definido que vai desde a informação, aconselhamento, prevenção, ofertas de teste, tratamento, seguimento e acompanhamento psicossocial e quando há vulnerabilidades socioeconómica os serviços de saúde fazem a referenciação às entidades que dão respostas nesta matéria nomeadamente as Camaras Municipais, Ministério da Família e Inclusão Social e ONG’S para tentarem suprir as necessidades socioeconómicas.

Durante o ato central, a Ministra da Saúde entregou ao Presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde – ADVIC, materiais de comunicação e informação em Braile sobre o VIHSIDA, como uma das formas de inclusão e de redução das desigualdades.

Este ano, a ONUSIDA elegeu como lema do Dia Mundial de luta contra SIDA, “Equidade Já” no acesso aos cuidados de saúde de VIH-SIDA. Este lema surge como forma de chamar a atenção de todos os atores e de todas as pessoas, para acelerar os esforços e focarem em ações concretas que minimizem as desigualdades, contribuindo para pôr fim a SIDA no horizonte 2030.