Segundo Ulisses Correia e Silva, “basta somarmos todos os hotéis, principalmente no Sal e na Boa Vista, aquilo que consomem em termos de energia, água, produção de lixo, plástico e embalagens, vemos que vale a pena o pacto”.
O Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, voltou a chamar a atenção para a importância de se avançar em Cabo Verde com o projecto Hotel Verde, a iniciar no Sal e na Boa Vista, tendo em conta os benefícios para o país. “Somos um país com um peso muito forte no turismo e assim vamos continuar por muito tempo. O programa já apresentado e que deverá ser implementando no início de 2023 é um pacto de sustentabilidade com os hotéis”, disse o Chefe do Governo esta terça-feira, 29, ao presidir o acto de a assinatura dos Contratos de Aquisição de Energia de 10 MW e implementação de duas Centrais Fotovoltaicas, nas ilhas de São Vicente e Sal.
Segundo Ulisses Correia e Silva, “basta somarmos todos os hotéis, principalmente no Sal e na Boa Vista, aquilo que consomem em termos de energia, água, produção de lixo, plástico e embalagens, vemos que vale a pena o pacto”, disse, reforçando que “queremos hotéis verdes com energias renováveis, 100% de preferência, com nexo entre água e energia, a fazer a reutilização de água, zero plástico de preferência, mobilidade eléctrica, essa é a nossa meta”. Somando tudo isto, “o impacto é muito forte”, para além de “vender uma imagem de um país sustentável”.
Sobre a assinatura do contrato que decorreu nos Paços do Concelho, nos Espargos, o Primeiro Ministro avançou que “estamos a realizar a aceleração da transição energética” em Cabo Verde com os investimentos já previstos no sector.
“Estamos convencidos de que com estes investimentos, mais a armazenagem de energia como testemunhámos esta manhã, vamos aumentar a nossa capacidade de produção. Conjugando estes dois elementos com a eficiência energética que também faz parte do pacote da agenda do Governo, estaremos em condições de, seguramente, antes de 2030, atingirmos os 50% de penetração das energias renováveis na rede”, sublinhou.
Segundo adiantou “o Governo adotou um modelo que cria sinergias” e tem consciência de que a aceleração depende também da capacidade de investimentos quer públicos quer privados. “Temos um quadro atractivo de incentivos fiscais, financeiros, particularmente dirigidos à Micro-Produção”, adiantou, acrescentando que “o Sistema de financiamento é favorável” e é intenção do Executivo, também acelerar o processo, incluindo o da Mobilidade Eléctrica. “Os ganhos são evidentes e serão ainda mais evidentes a nível económico, da balança de pagamentos, menos dependência de importação de combustíveis cujos preços internacionais nós não controlamos, a nível da factura energética, das famílias, das empresas”, frisou.
“Queremos posicionar Cabo Verde como um país de vanguarda nas energias renováveis. Temos sol, temos vento, temos mar. Temos tudo para transformar aquilo que Deus nos deu em energia e temos todas as condições de o fazer”, concluiu.