Esta posição foi defendida hoje, 23 de novembro, na cidade de Cova Figueira, Ilha do Fogo, no quadro de um encontro realizado entre o Ministro das Comunidades, Jorge Santos, e a Diáspora de Santa Catarina, que se encontra de férias no país.
Esta posição foi defendida hoje, 23 de novembro, na cidade de Cova Figueira, Ilha do Fogo, no quadro de um encontro realizado entre o Ministro das Comunidades, Jorge Santos, e a Diáspora de Santa Catarina, que se encontra de férias no país.
O encontro foi realizado por ocasião das comemorações do Dia do Município de Santa Catarina, na Ilha do Fogo e em resposta a um convite formulado a Jorge Santos pelo Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Alberto Nunes. O Ministro das Comunidades presidiu a mais um encontro da Diáspora Cabo-verdiana, tendo aproveitado a ocasião para enaltecer a importância estratégica da Diáspora no processo de desenvolvimento de todas as Ilhas de Cabo Verde, em termos económicos, políticos, sociais e culturais.
O Ministro referiu que é incontestável o contributo dos emigrantes face ao desenvolvimento destas Ilhas, de tal maneira que as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo não ficam detidas nas fronteiras do seu território, pois que a Comunidade diaspórica é parte integrante da Nação Cabo-verdiana.
Jorge Santos vincou a ideia de que a Diáspora cabo-verdiana é um dos “principais estabilizadores sociais e económicos” do País, contribuindo económica e financeiramente de forma direta e indireta na economia nacional.
Sobre as constribuições da Diáspora cabo-verdiana para o desenvolvimento país, o titular da pasta das comunidades estimou em cerca de 34% do PIB (Produto Interno Bruto), valor que, notou, supera a ajuda pública ao desenvolvimento e ao próprio investimento direto estrangeiro.
“As transferências financeiras da nossa Diáspora são um dos mais importantes ativos e fluxos de financiamento da nossa economia”, afirmou Jorge Santos, explicando aos presentes os propósitos do Ministério das Comunidades, criado na atual legislatura, para traçar a nova política e conectividade funcional que o Governo pretende imprimir com e entre as diversas Comunidades espalhadas em todo mundo.
O Ministro falou do novo paradigma de interação e de comunicação com a Diáspora, particularmente, a dos Estados Unidos de América, cuja proveniência maior está nas Ilhas do Fogo e Brava.
Elencou os principais eixos de atuação do Ministério das Comunidades, que passam pelo lançamento dos instrumentos de protocolização de um “trade-off” geral de Cabo Verde com a sua Diáspora, que abranjam todos os domínios da vida das Comunidades emigradas e descendentes, bem como propor ações que permitam inaugurar um novo paradigma e novas formas de relacionamento com a Diáspora e vice-versa, privilegiando a construção de aceleradores que tornem Cabo Verde economicamente atrativo para as Comunidades emigradas e descendentes.
Jorge Santos explicou ainda que o Ministério das Comunidades assume a Diáspora como o primeiro parceiro de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, “sendo o mais fiel, o mais amigo, o mais próximo” do País e o “mais transversal” em relação aos demais parceiros estratégicos, por ser ela sentida por toda a população residente, a todos os níveis e por todas as camadas sociais.