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Ministro da Saúde destaca trabalho intersectorial e multidisciplinar na prevenção e tratamento do cancro

De acordo com o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, estes são números impressionantes mesmo comparados com o impacto do ponto de vista sanitário provocada pela pandemia de Sars-Cov-2, que desde o seu início - já vão mais de dois anos -, causou cerca de 6 milhões de mortes.

A 4 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. Trata-se de uma das principais causas de morte a nível mundial, tendo sido responsável pela morte só em 2018 de cerca de 9,6 milhões de pessoas. Dados de 2020 indicam cerca de 19,3 milhões de novos casos de cancro e quase 10 milhões de mortes. Os dados estatísticos também mostram que a nível mundial cerca de 1 em cada 6 mortes é devido ao cancro.

De acordo com o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, estes são números impressionantes mesmo comparados com o impacto do ponto de vista sanitário provocada pela pandemia de Sars-Cov-2, que desde o seu início – já vão mais de dois anos -, causou cerca de 6 milhões de mortes.

“Prevê-se que estes dados sejam futuramente ainda mais devastadores, devido ao impacto significativo que a pandemia COVID-19 teve nos sistemas de saúde, levando-os a interromper parcial ou totalmente os seus serviços oncológicos por causa da mobilização contra a pandemia, mas também devido às restrições de circulação, impossibilitando muitas vezes as evacuações internacionais nesta área”, considerou.

Arlindo do Rosário disse que em Cabo Verde, os registos oncológicos mais recentes indicam que anualmente em média se diagnostica mais de 600 casos novos de cancro, ocupando no quadro de mortalidade geral o segundo/terceiro lugar nas causas de morte e que em média 400 pessoas morrem anualmente por um tipo de cancro.

Para além disso, afirmou que as doenças oncológicas constituem, outrossim, a segunda principal causa de evacuações para o exterior com todo o custo financeiro, social e individual que acarretam.

Para aquele governante, o cancro constitui um real problema de saúde pública em Cabo Verde e por isso importa construir uma resposta adequada ao problema e há necessidade de planear e organizar uma oferta de cuidado integral e multidisciplinar aos doentes com cancro em Cabo Verde.

Na sua intervenção feita durante o ato central para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, 04 de fevereiro, que teve lugar em São Vicente, o Ministro ainda destacou o papel importante do trabalho que vêm sendo realizando pelas ONG’s cabo-verdianas, pelos profissionais de saúde dos setores público e privado e pela sociedade civil em geral, na prevenção e combate às doenças oncológicas e reconheceu também o apoio que o país tem recebido das organizações internacionais como a OMS, as agências das Nações Unidas, UNICEF e FUNAP, bem como de países amigos e em particular de Portugal, através da Direção Geral da Saúde e Hospitais de referência que acolhem e tratam os pacientes evacuados; da Fundação Calouste Gulbenkian, da ROCHE e dos IPOs de Lisboa e Porto.

O ato central para assinalar o Dia Mundial de luta contra o Cancro, foi organizado pelo Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas da DNS em parceria com os dois hospitais centrais (HBS e HAN), FNUAP e Instituto Nacional de Saúde Pública e foi um momento de socialização de vários projetos que vão ser implementados para a melhoria das condições de prevenção, deteção, diagnóstico precoce e tratamento do cancro.