Durante o evento de homenagem a Luís Loff de Vasconcelos, o Primeiro-ministro o referenciou como parte da história de Cabo Verde, quem na altura já aspirava a independência do país.
O Executivo cabo-verdiano liderado por Ulisses Correia e Silva vai mandar erigir um busto de Luis Loff de Vasconcelos, na cidade do Mindelo. O compromissivo foi assumido pelo Primeiro-ministro, este fim de semana, na ilha de São Vicente, em concertação com a Câmara Municipal e o Grupo Impar, como forma de homenagear Luís Loff de Vasconcelos, figura incontornável de Cabo Verde, que foi político, jornalista e ensaísta. Para Ulisses Correia e Silva serve igualmente para dar visibilidade à história do país, de 560 anos, que “deve ser contada, escrita e ensinada por inteiro”.
Durante o evento de homenagem a Luís Loff de Vasconcelos, o Primeiro-ministro o referenciou como parte da história de Cabo Verde, quem na altura já aspirava a independência do país.
“Há coisas que mudam na vida de uma nação, mas há outras que não. A geografia e a identidade são algumas delas. Com identidade crioula, de matriz judaico-cristã, o cabo-verdiano moldou-se neste mundo do cruzamento entre a África e a Europa”, indicou o Primeiro-ministro, para defender que é “uma história que deve ser ensinada, particularmente nas escolas, para que possamos ficar, em primeiro lugar, em paz com a nossa história, e em segundo, para termos a noção exata da nação que somos.
“Uma Nação, antes de ter sido país, desde 1460, com homens e mulheres com percursos, que precisamos dar mais visibilidade”, continuou Ulisses Correia e Silva, para quem Luís Loff de Vasconcelos é, de fato, um grande exemplo, que representa patriotismo, a vontade da liberdade e aspiração para a Independência, bem como a luta pela dignidade da pessoa humana.
Falar de Luís Loff de Vasconcelos é contar o percurso de Cabo Verde, que devemos transportar para as gerações atuais e futuras. Pelo que acredita, Ulisses Correia e Silva, assim passa-se a acreditar e valorizar mais o país, e a conhecer e acreditar no futuro de Cabo Verde.
“Mostra-nos, por exemplo, que a ambição para a Independência é algo muito remoto no tempo. Uma história que devemos trazer à luz de uma forma completa” sustentou.
Ainda no seu discurso, o Primeiro-ministro apontou que a “confiança no futuro, também era algo muito de Luís Loff de Vasconcelos.” Seus pensamentos são muito atuais, reais, mesmo com desafios diferentes, mas que nos mostra o cabo-verdiano como fator de mudança e transformação”.
Luis Loff de Vasconcelos nasceu a 05 de janeiro de 1861 na ilha do Maio, filho de um Português e de uma Cabo-verdiana, passou grande parte da sua adolescência na ilha de Santiago, onde foi presidente da Câmara da Praia, tendo, no entanto, escolhido a ilha Brava como “pátria adotiva”, ido posteriormente para São Vicente, ilha onde faleceu e também publicou grande parte dos seus escritos.