O Primeiro-ministro que falava esta segunda-feira, 15, em São Vicente, no ato de abertura do seminário internacional da Rede das Mulheres Profissionais Marítimas e Portuárias da África Ocidental e Central, lançou um repto às mulheres presentes, incentivando-as e estimulando-as a fazer a diferença no desenho de soluções que façam os países registarem avanços significativos nas conectividades marítimas e no aproveitamento do potencial da economia marítima, mas também, na maior integração dos mercados do continente africano, através de transportes marítimos, aéreos, rodoviários e ferroviários.
O Primeiro-ministro que falava esta segunda-feira, 15, em São Vicente, no ato de abertura do seminário internacional da Rede das Mulheres Profissionais Marítimas e Portuárias da África Ocidental e Central, lançou um repto às mulheres presentes, incentivando-as e estimulando-as a fazer a diferença no desenho de soluções que façam os países registarem avanços significativos nas conectividades marítimas e no aproveitamento do potencial da economia marítima, mas também, na maior integração dos mercados do continente africano, através de transportes marítimos, aéreos, rodoviários e ferroviários.
“É fundamental para o comércio, para o investimento e para a mobilidade das pessoas”, disse.
O primeiro-ministro que começou por congratular-se com o facto de o Seminário Internacional da Rede das Mulheres Profissionais Marítimas e Portuárias da África Ocidental e Central, ter focado num dos objetivos fundamentais da Agenda 2030: igualdade de género, no caso da igualdade de género no sector marítimo/portuário, considerou ser uma abordagem importante em todos os setores da vida social, familiar e económica. Embora, reconheceu ser desafiante pelas características do setor.
“Tem havido progressos importantes, mas é preciso que a igualdade de oportunidades e a correção das assimetrias de género sejam reforçadas, quer nesta atividade quer em outras atividades económicas e sociais”, apontou Ulisses Correia e Silva.
A conectividade, aérea e marítima, é determinante para a aceleração do processo de desenvolvimento da África. O comércio internacional é fortemente dependente de boas conexões marítimas o que impõe a necessidade de serviços de transportes marítimos e portuários eficientes, seguros e competitivos. Conforme Ulisses Correia e Silva enquanto primeiro-ministro de um país arquipelágico, conhece bem o que é a necessidade de bons sistemas de transportes marítimos para unificar o mercado, facilitar o escoamento de produtos com previsibilidade e regularidade, complementar a oferta de transportes aéreos e ligar as ilhas com o mundo.
“Os países encravados, sem acesso ao mar debatem-se ainda com problemas maiores. Estão desprovidos de um recurso cada vez mais elegido como uma fonte de riqueza atual e futura em termos de alimentação, transportes, água dessalinizada e energia como é o mar”, acrescentou.
Por isso, acredita Ulisses Correia e Silva, ser um desafio partilhado, “desenvolver soluções sustentáveis para países insulares e encravados”.
“Do lado dos países insulares e arquipelágicos o problema tem a ver com a fragmentação e pequena dimensão dos mercados internos, a multiplicação de infraestruturas com mesmas funcionalidades pelas diversas ilhas, os custos da insularidade. Do lado dos países encravados, os custos da não existência de zonas litorais e marítimas”, sublinhou o primeiro-ministro.
Por tudo isso, o chefe do governo cabo-verdiano defende que essas especificidades devem ser devidamente ponderadas na criação de mecanismos que diferenciem os pequenos países insulares e encravados no financiamento para o apoio ao desenvolvimento visando atingir os ODS.
“A inclusão para ser sustentável não deve ser só social e económica, mas territorial, nos espaços, nas cidades, vilas e aldeias onde as pessoas e as famílias vivem” finalizou.