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Cabo Verde quer fundo de empreendedorismo para jovens da CPLP

O Governo de Cabo Verde quer que se crie um fundo de empreendedorismo para apoiar os jovens da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), conforme adiantou o Secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado, Carlos Monteiro, que garantiu que o país apresentou esta ideia em finais de março, durante a reunião da Comissão de Juventude da Conferência dos ministros de Desportos e Juventude da CPLP, em Angola.

O Governo de Cabo Verde quer que se crie um fundo de empreendedorismo para apoiar os jovens da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), conforme adiantou o Secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado, Carlos Monteiro, que garantiu que o país apresentou esta ideia em finais de março, durante a reunião da Comissão de Juventude da Conferência dos ministros de Desportos e Juventude da CPLP, em Angola.

Carlos Monteiro avançou esta informação numa entrevista dada à ONU News, no âmbito da sua participação no Fórum da Juventude nas Nações Unidas que decorreu em Nova Iorque há poucos dias.

De acordo com o Secretário de Estado que lida com a área da juventude, há a necessidade de criação de fundos que financiem jovens com projetos que tem impacto na comunidade. “Para a CPLP ser mais do que só essa comunidade onde nos encontramos para a divulgação da cultura, mas torná-la mais concreta e que os jovens dos diferentes países da comunidade criem laços entre si”, disse.

Apresentada a ideia, Cabo Verde ficou, agora, com a incumbência de desenhar melhor o draft para ser apresentado na conferência de ministros que irá acontecer no próximo mês de julho, em Luanda.

A criação de uma plataforma de conexão dos jovens da CPLP é outra ideia já lançada à CPLP por Cabo Verde, tendo Carlos Monteiro adiantado que foi muito bem acolhida na reunião da Comissão de Juventude, segundo as informações a que teve acesso.

Refira-se que o Fórum da Juventude nas Nações Unidas terminou na última terça-feira e durante a sua participação, o Secretário de Estado que representou o Governo de Cabo Verde no evento, falou sobre a educação, o empreendedorismo e a igualdade de género, tendo destacado sobre as medidas que estão a ser levadas a cabo para empoderar os jovens.

No que tange às medidas, elencou o financiamento de projetos a nível de empreendedorismo, o reforço das ofertas formativas a nível da formação profissional, privilegiando as áreas da prestação de serviços, das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação); o fundo criado para apoio à formação e ao emprego que disponibiliza, por exemplo, só neste ano, 100 mil contos para financiar o acesso à formação profissional das pessoas que não têm recursos próprios para pagar.

“Com isso, vamos conseguir trazer boa parte desses jovens para formação profissional e, a partir daí, dar-lhes acesso também ao mercado de trabalho, sendo que nesta questão está muito presente a questão da equidade do gênero, na criação desses empregos e dessas oportunidades”, esclareceu.

Na parte da reforma do sistema educativo, indicou a introdução da gratuidade do ensino, estando, neste momento, o ensino já gratuito até ao 8º ano, a partir de setembro de 2019 a ser até ao 10º e em 2020 que passará a ser gratuito até ao 12º ano.

Carlos Monteiro enfatizou também no seu discurso, entre outros, a preocupação de Cabo Verde em reforçar os laços, o sentimento de pertença da nossa diáspora, sobretudo dos jovens, no sentido de envolve-los no desenvolvimento do país.

A ideia passa por “criar programas que os incentivem a participar no desenvolvimento de Cabo Verde”, salientou Monteiro, para quem é importante também ir mostrar-lhes o que está a acontecer efetivamente no arquipélago, “porque nós temos a noção de que temos uma comunidade jovem muito ambiciosa, muito participativa nos países de integração e nós queremos fazer com que esse sucesso que eles têm nos diferentes países seja transportado para o desenvolvimento de Cabo Verde”.