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Entrega tratados internacionais na OMPI: “Uma das metas que traçamos, para este mandato, foi colocar Cabo Verde no nível mundial dos direitos autorais” – MCIC, Abraão Vicente

O ato oficial aconteceu na tarde desta quinta-feira, 04 de abril, na sede da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), na Suíça. O depósito foi feito pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que está naquele país a convite desta organização internacional para celebrar o fato de Cabo Verde ser o 100º país a ratificar os tratados de TODA e TOFF.

Delegation of Cabo Verde Copyright: WIPO. Photo: Emmanuel Berrod. This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 IGO License.

Cabo Verde acaba de depositar, em Genebra, os tratados internacionais ratificados recentemente.

O ato oficial aconteceu na tarde desta quinta-feira, 04 de abril, na sede da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), na Suíça. O depósito foi feito pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que está naquele país a convite desta organização internacional para celebrar o fato de Cabo Verde ser o 100º país a ratificar os tratados de TODA e TOFF.

Trata-se de um momento solene, simbólico, histórico e de grande importância para Cabo Verde que torna, assim, parte de pleno direito das referidas convenções, reforçando assim a proteção dos autores e artistas nacionais e a regulação do mercado da cultura.

O Diretor-geral da OMPI, Francis Gurry, que recebeu os tratados ratificados por Cabo Verde das mãos do governante mostrou-se satisfeito com a energia do nosso arquipélago neste processo.

“Uma das metas que traçamos, para este mandato, foi colocar Cabo Verde no nível mundial dos direitos autorais”, afirmou o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.

A salvaguarda dos direitos de autor e direitos conexos em Cabo Verde tem sido uma das metas do Governo, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas que desde há dois anos tem trabalhado, afincadamente, para que o país reúna as melhores condições possíveis na defesa dos direitos dos artistas e criadores.

“Fomos recebido ao mais alto nível na OMPI como reconhecimento do trabalho que temos estado a desenvolver há cerca de dois anos. Um trabalho que deve ser feito para o reconhecimento e salvaguarda dos direitos de autor. Estamos a dar um grande passo como um país pequeno que somos”.

O Governo, através da tutela da Cultura e das Indústrias Criativas vem, desde o segundo semestre de 2017, – na intenção de conferir uma maior valorização da classe dos artistas, criadores e produtores – efetivando a distribuição dos valores relativos à cobrança da Taxa de Compensação Equitativa pela Cópia Privada às associações e entidades de direitos de autor e direitos conexos. Por outro lado, foi feita a revisão da lei do direito do autor e direitos conexos em finais de 2017.

Essa revisão teve, como uma das principais finalidades, reforçar a proteção dos autores e criadores, clarificando igualmente a posição dos utilizadores das obras protegidas. De seguida, prosseguiu, junto do Parlamento, à aprovação, por unanimidade, da primeira Lei que regula a constituição, organização, funcionamento e atribuições das entidades de gestão coletiva dos direitos de autor e direitos conexos e ainda a ratificação dos três tratados internacionais (TODA/TOFF e Marraquexe).

Para o governante, Cabo Verde, um país reconhecido como sendo de músicos, deve trabalhar para garantir a defesa dos direitos dos artistas e dos criadores. “Somos um país de músicos, artistas e de grandes criadores que infelizmente não têm tido os seus direitos reconhecidos ao longo da vida e nem depois da morte. Por isso, estamos a trabalhar para que os nossos artistas e a geração vindoura possam ter instrumentos que garantam esses direitos”, explicou ainda o titular da pasta da cultura e das indústrias criativas.