Com o Data Center São Vicente, previsto para estar pronto dentro de um ano, a ilha irá ganhar todo um ecossistema de inovação e empreendedorismo de base tecnológica, ter condições e ambiente favorável à inovação e ao empreendedorismo e mais incentivo empresarial nas TIC. De acordo com o Primeiro-ministro, o que se está a construir vai além desta infraestrutura tecnológica, significa dotar São Vicente de competências e capacidades para melhoria do desempenho da sua economia, de serviços para inovação, de fomentar o empreendedorismo, a qualificação de recursos humanos e, principalmente, a melhoria da qualidade de vida dos são-vicentinos, “que é o que almejamos”.
O Primeiro-ministro falava na cerimónia de apresentação e consignação da obra que aconteceu esta quarta-feira, 6, na ilha de São Vicente, em Ribeira de Julião, onde será construído o Data Center.
Conforme Ulisses Correia e Silva a infraestrutura está integrada no Parque Tecnológico, que em complementaridade com o Data Center Praia, servirá para fomentar a iniciativa privada nas TIC: incubação, formação e desenvolvimento de competências em TIC em parceria com empresas internacionais de referência. Tudo, explica, enquadrado na reestruturação do NOSI, como no desenvolvimento de infraestruturas para aumento da conectividade, velocidade e qualidade da banda larga e em custos competitivos com o 4G, em que o concurso já foi lançado e será concretizado brevemente, o EllaLink, assinado em novembro, em Paris, entre a CV Telecom e os intervenientes deste projeto, que também vai permitir o desenvolvimento das telecomunicações.
O Estado investe, cria mercado e ofertas para os privados intervirem. Por isso, Ulisses Correia e Silva acredita que a política do governo de incentivo é “muita clara”, de preferência para aqueles que produzem no mercado nacional tudo o que é tecnologia e serviços de base tecnológica. Neste quadro, apontou uma série de incentivos e medidas que o Executivo vai adotar neste sentido e outras em curso, nomeadamente apoiar no registo de patentes os jovens que estão a criar produtos de “elevado valor internacional” e que precisam de proteção, e um regime fiscal especial para as startups jovens. Inscrito no OE 2019.
“2,5% para as startups TIC e I&D para os primeiros 5 anos de atividade, incentivos fiscais e aduaneiros na importação de materiais, equipamentos e viaturas destinadas à exploração da empresa, isenções de custos de registos e de contratos”, garantiu o primeiro-ministro, sublinhando que as empresas e os inovadores terão apoio também para participarem em eventos internacionais, como websummit, etc.
O primeiro-ministro realçou, por outro lado, que o governo está focado em transformar São Vicente em uma centralidade do país para a complementaridade do ecossistema da inovação e criatividade, através da articulação e complementaridades entre o ecossistema para as TIC e o ecossistema das indústrias criativas. A modernização do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD) em curso, visando formação e exposição do artesanato com qualidade para o mercado, o MEI-A focado em formação superior em artes e arquitetura, assim como a massificação do Ensino das artes com o BA cultura em parceria com as Associações e escolas privadas, são entre outras ações, que irão criar esse ecossistema das indústrias criativas.
Localizado em Chã de Marinha, Ribeira de Julião, o Data Center São Vicente representa um investimento global de 6 milhões de euros, a ser concretizado em nove meses, composto por um centro de processamento de dados, um centro de incubação de empresas e um centro de formação, entre outros serviços de apoio.