O Primeiro-ministro que iniciou por Santa Cruz, esta terça-feira, 8, um périplo pelos municípios de Santiago Norte, considerou, em primeiro lugar, tratar-se de uma visita que se enquadra numa perspetiva de procurar soluções assentes na dinamização da economia local.
“Não viemos à Santiago Norte constatar aquilo que já é conhecido, nomeadamente problemas relacionados com o desemprego, a pobreza, ou outros, e sim numa perspetiva de aproveitar ao máximo as potencialidades quer humanas, quer de empreendedorismo ou naturais para o desenvolvimento da economia dos Concelhos de Santiago Norte”, sublinhou Ulisses Correia e Silva, defendendo, neste sentido, Santa Cruz como um espaço de soluções e de criação de riquezas.
“Constatamos em Santa Cruz, por onde começamos a visita, que há, em primeiro lugar, uma atitude empreendedora, quer da Câmara Municipal, quer por parte dos parceiros como a Associação de Turismo de Santiago, e sobretudo dos empreendedores e empresários”, disse o Primeiro-ministro, mostrando que é a condição básica para se poder avançar para o desenvolvimento de negócios que aumentam a criação de empregos e de rendimentos nesse concelho. Em segundo lugar, Ulisses Correia e Silva constatou que há empreendimentos e projetos a avançarem em Santa Cruz, em parecia com o Governo, assim como existem também projetos privados com condições de expansão e com ideias muito claras de caminhos a seguir para que se possa aproveitar tudo aquilo que Santiago Norte pode oferecer como potencial turístico.
A ideia conforme o Chefe do Executivo, é casar tudo aquilo que se tem de natureza, com a agroindústria, agricultura, a gastronomia, a cultura, etc., como forma de aproveitar o ambiente envolvente e criar produtos turísticos únicos e diferenciadores. “Isso dá-nos a sensação de que temos os ingredientes necessários para que Santiago Norte seja colocado no roteiro turístico de Cabo Verde, com qualidade e diferenciação.
Ainda sobre Santiago enquanto alternativa turística para Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, esclarece que é um produto específico, não como o Sal e a Boa Vista que têm oferta de Sol e Praia, mas com ofertas evidentes de natureza, de turismo de experiência, hoje muito procurado pelos turistas, mas também, cultural e outras com condições para que o turismo se desenvolva na ilha com qualidade. É, por isso, lembrou o Primeiro-ministro que estão sendo concretizadas medidas, nomeadamente da segurança, de requalificação urbana e ambiental, por forma a criar pontos de centralidades.
Por esta razão, assegurou o Chefe do Governo, para 2019, vários projetos estão inscritos no OE para Santiago Norte. Cerca de 1 milhão de contos serão investidos nos diversos concelhos na requalificação urbana, formação profissional, e outras condições para ofertas económicas de qualidade para dinamizar a economia Local
Em Santa Cruz, por exemplo, ajuntou, “temos um grande projeto de desencravamento da Ribeira dos Picos, que é a zona mais produtiva de Santiago e que precisa de acessibilidades. Enfim, vamos criar as condições de melhoria para que este concelho deixa de ser referenciado como um dos municípios mais pobres de Cabo Verde e passa a ser um município onde há condições de criação de riqueza, empregos e rendimentos para as pessoas.
Em Santa Cruz, o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, acompanhado de uma importante Delegação da qual fazem o Ministro do Turismo e Transportes, José da Silva Gonçalves, o Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, e a Ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, além dos presidentes da Pró Empresa, do IEFP e da Associação de Turismo de Santiago (ATS), visitou a Empresa Agrícola Montenegro, a Incubadora de Santa Cruz, o Projeto Piloto Achada Igreja, o Porto Fundo, bem como o Projeto “Rotas da Carne” em Ribeira Seca, as obras de requalificação urbana no centro histórico e a Casa da Amizade. O primeiro-ministro reconheceu a dinâmica do município e enalteceu a sua atitude positiva, importante na relação entre o Governo e os municípios.
