O Governo de Cabo Verde, através do Ministério das Finanças, assinou esta quinta-feira,14, um protocolo institucional com alguns bancos comercias da praça – Banco BAI Cabo Verde S.A, Banco Cabo-verdiano de Negócios, Caixa Económica de Cabo Verde, Ecobank e a Associação Profissional das Instituições de Micro Finanças de Cabo Verde – APIMF-CV, visando a criação de uma linha de crédito de 100 mil contos, com uma taxa de juros bonificada pelo Estado em 50% – um ato que no entender do Ministro das Finanças, Olavo Correia, mostra que o Governo está a cumprir com a sua visão de um Estado parceiro, apoiando e incentivando lá onde for necessário.
“Com este protocolo, os beneficiários passarão a pagar apenas 4,5 dos 9% de juros, o que é extraordinário em relação aos valores do mercado. No caso de microcrédito, oscila entre os 20 e 30%/ ano. Pelo que ganham as instituições de micro-finanças, ganham os benificiários dos créditos e, ganha o Estado, pela via promoção do Emprego e criação de condições para que os Cabo-Verdianos possam viver melhor através do seu próprio esforço”, enfatizou, o Ministro das Finanças, Olavo Correia, instantes após assinar, em representação do Governo, o protocolo.
No entender do Ministro das Finanças, “a economia social em Cabo Verde é uma realidade e deve ser incentivada, não no sentido de promovermos o assistencialismo. Mas, na ótica da criação de condições para aqueles que queiram trabalhar, o consigam e vivam do seu esforço. Isto melhorando a sua qualidade de vida, e ao mesmo tempo, ajudando na edificação de um Cabo Verde melhor para todos”. Olavo Correia defendeu ainda que o que está em causa é a “criação de um bom ecossistema à economia cabo-verdiana, que é um importante mecanismo de expansão do emprego, luta contra a pobreza e crescimento da economia”.
O ministro manifestou-se otimista quanto à criação deste mecanismo de bonificação, ao sublinhar que a oferta de bancos privados no país dá condições para se prestar este serviço com sucesso, dada a abrangência da rede nacional. E garantiu que o fundo poderá ser consideravelmente reforçado mediante a sua performance. E realçou que o foco do Governo está no fomento à criação de emprego, alicerçado no combate à informalidade, fomento à inclusão financeira e na promoção do rendimento.
Olavo Correia concluiu afirmado que o Estado não precisa estar lá onde estão instituições da sociedade civil e privados a operar. Daí, ter-se congratulado com a parceria que conforme explicou “vai permitir-nos criar um produto voltado para os mais carenciados, o que demonstra que é possível ter um quadro de parceria para servir aqueles que mais precisam da intervenção do Estado, como das demais instituições publicas e privadas”.