Os parceiros sociais estão alinhados quanto às grandes linhas de elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e as diretrizes do Orçamento de Estado (OE) para 2018, apresentadas pelo Governo de Cabo Verde na reunião do Conselho de Concertação Social, que teve lugar esta manhã, na cidade da Praia.
Esta é a primeira vez que se discute o OE em Conselho de Concertação Social, antes da sua apresentação pública, marcando assim a fase de mudança de paradigma em termos da relação que o atual Governo pretende manter com os parceiros sociais.
No que se refere às grandes linhas estratégicas do desenvolvimento de Cabo Verde, estas já tinham sido previamente discutidas e houve um processo muito participativo dos vários agentes da sociedade civil, incluindo os parceiros do Conselho da Concertação Social.
A Diretora Nacional do Plano do Ministério das Finanças, Carla Cruz, que falou à imprensa em representação do Governo, no âmbito desta reunião de Concertação Social, avançou que a inserção dinâmica de Cabo Verde no sistema económico mundial constitui a grande aposta do Governo.
“Para se alcançar esta meta, o país deve apresentar algumas estratégias, sendo uma delas é a de Cabo Verde País Plataforma, devendo trabalhar programas estratégicos, nomeadamente de plataformas marítima, aérea, financeira, comercial, industrial, do turismo e da plataforma digital e de inovação”.
Portanto, um conjunto de mecanismos que irão permitir desenvolver a economia e garantir a sustentabilidade económica do país e, assim, “atingir finalmente um dos grandes objetivos que é o da promoção do emprego”, referiu Carla Cruz.
O Governo mantém a meta de atingir os 45 mil postos de trabalho nesta Legislatura, devendo essas metas serem estabelecidas por ilhas. Pelo que, está confiante de que, com o Orçamento do Estado 2018, vão estar criadas as condições para o financiamento à economia e a unificação do mercado interno, através da aposta nos transportes, particularmente nos transportes marítimos.
“O OE 2018 deverá apresentar programas e grandes medidas para melhorar o clima de investimento, o que tem a ver não só a questão das reformas fiscais, mas também promover todas as reformas ligadas à melhoria do ambiente de negócios, bem como medidas que visam a valorização do potencial das ilhas, nomeadamente o processo da Regionalização, numa ótica de se aproximar dos municípios e trazer medidas concretas através da criação, por exemplo, dos planos de desenvolvimento regional e também das sociedades de desenvolvimento regional que irão permitir esse mecanismo de diálogo entre o poder central e o poder local. Tendo essa proximidade, será muito mais fácil criar soluções para respondermos aos grandes desafios de desenvolvimento de Cabo Verde”, explica Carla Cruz.