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Comunicado: Surto epidémico de paludismo no concelho da Praia

O paludismo em Cabo Verde é caracterizado por ser instável, com transmissão preferencialmente sazonal, de baixa endemicidade e cuja incidência varia de ano para ano. Nos últimos anos têm-se registado casos de paludismo autóctone e importado, com predominância na época das chuvas e após essa época.

Este ano, os casos de paludismo começaram a ser registados antes da época das chuvas, na ilha de Santiago e no Concelho da Praia em particular, tendo sido registados até o dia 28 de Agosto, inclusive, um total de 110 casos, dispersos por quase todos os bairros periféricos, sendo maior numero de casos registados, até agora, na Várzea (19 casos), Achada Santo António (16 casos), Achadinha (11 casos), Ponta Belém (9 casos) e Lém Ferreira (6 casos), entre outras.

O Paludismo é uma doença infeciosa, grave, transmitida através da picada da fêmea infetada do mosquito Anopheles.

Assim, tendo em conta o início da época das chuvas, altamente favorável à proliferação de mosquitos, bem como as precárias condições ambientais, detetadas durante as visitas de terreno que vêm sendo realizadas pelos agentes de luta anti vetorial, o Ministério da Saude e da Segurança Social  vem  mais uma vez fazer um apelo á população e às entidades com responsabilidade no setor de ambiente e saneamento, sobretudo, o engajamento efetivo para evitar o aumento contínuo do número de casos nos próximos meses.

As principais medidas recomendadas são as seguintes:

Para a População

– Manter sempre bem cobertos todos os recipientes que contenham água em casa;

-Eliminar/ destruir todo e qualquer recipiente/ objeto, no quintal e na natureza que possa servir de criadouro de mosquito;

– Colocar redes nas janelas e portas;

– Utilizar todas as formas possíveis para evitar a proliferação de mosquitos;

– Em caso de febre ou qualquer outro sintoma dirija-se imediatamente ao Hospital ou ao Centro de Saúde mais próxima da sua residência;

– Comunicar aos serviços municipais a existência de pardieiros, onde possam existir depósitos, tanques ou outros recipientes com água estagnada, os quais constituem o meio ideal para a reprodução dos mosquitos e do parasita;

Para as instituições públicas e privadas:

-Reforçar a drenagem das águas pluviais, imediatamente após cada queda de chuvas nas áreas sob a sua jurisdição e /ou que constituam propriedade privada;

– Reforçar a fiscalização dos pardieiros, casas devolutas, ou outras situações que possam conter depósitos, tanques ou outros recipientes com água estagnada e intervir imediatamente para a resolução do problema;

– Proteger com tampa todos os depósitos de água para construção, consumo doméstico ou outro;

Informar a Delegacia de Saúde, bem como aos serviços municipais de toda e qualquer situação que possa favorecer a criação de mosquitos e pôr em perigo a sua saúde.