O Projeto “Adaptação da Agricultura Familiar às Mudanças Climáticas”, a ser implementado pelo Programa de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais (POSER), foi oficialmente lançado nesta segunda-feira, 21 de agosto, na cidade da Praia, na presença dos representantes do FIDA e dos Ministros da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, da Saúde e Segurança Social, Arlindo Do Rosário e da Educação, Família e Inclusão Social, Maritza Rozabal.
De acordo com o Diretor da Divisão para a África do Centro e Oeste do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Luyaku Loko Nsimpasi o projecto POSER-CLIMA melhorará, por um lado, as condições de vida da população rural nas zonas de intervenção com especial destaque para as mulheres e para os jovens chefes de família e, por outro, aumentará a resiliência do país, face às mudanças climáticas que já se fazem sentir no país.
Amath Pathe Sene, Coordenador Regional para a área do Ambiente e clima do FIDA acredita que o projecto além de ajudar Cabo Verde a melhorar a sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas, fará a agricultura do país ser mais competitiva, durável e resiliente.
O Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, frisou que a natureza e a situação de Cabo Verde como pequeno estado insular saheliano, obrigam o país a medidas estratégicas fortes e incisivas para adaptação da agricultura às mudanças climáticas e, dessa forma, contribuir para o aumento da produtividade e rentabilidade das famílias, assegurando desse modo a segurança alimentar das famílias. Nas palavras do Ministro este projecto “vai dar um impulso muito grande à produção agropecuária numa base sustentável”.
O projeto “Adaptação da Agricultura às Mudanças Climáticas”, com a duração de quatro anos, surge da necessidade de se fazer face aos desafios inerentes às mudanças climáticas e intervirá em 10 localidades/bacias hidrográficas nas ilhas do Fogo, Santiago, São Nicolau e a Brava, beneficiando aproximadamente 6 075 pessoas.
Os principais eixos de intervenção serão na utilização de águas superficiais disponíveis nas barragens, na mobilização de águas subterrâneas a partir de furos já existentes, mas não equipados e na redução do custo de bombagem com a substituição do sistema de alimentação elétrica para utilização de energia fotovoltaico.