O Governo de Cabo Verde formalizou hoje,10 de agosto, o contrato de gestão com a Lofteidir Icelandair da Icelandair Group, marcando o início de uma nova era no desenvolvimento do sector dos transportes aéreos em Cabo Verde, conforme considerou o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante o acto de assinatura.
Para o Chefe do Governo é o resultado de se ter acreditado que era possível transformar um grande “problema” em “muitas oportunidades”.
“Se não houvesse esse otimismo, teríamos enveredado por outros caminhos que não satisfazem a ambição do país e os interesses dos cabo-verdianos. Empurrões não faltaram neste sentido. Mas, mantivemos sempre firmes e com a convicção de que estávamos a falar não apenas de uma companhia aérea e sim de parte substancial da economia cabo-verdiana”, sustentou Ulisses Correia e Silva, acrescentando que, por isso, ou se viabilizaria essa estratégia para potencializar aquilo que Cabo Verde precisa ou reduzir-se-ia um ativo fundamental do desenvolvimento do país.
É neste âmbito que o Governo acredita ter apresentado a solução viável, sustentável e que ultrapassa aquilo que tem sido os modelos de gestão e de governação no setor de transportes aéreos. Tanto o é que, segundo o Primeiro-ministro, conseguiu-se, através do Icelandair, o melhor parceiro para dotar a TACV de uma gestão de excelência e concretizar o hub aéreo.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, a operacionalização do hub aéreo e comercial vai criar mais valor económico e sustentabilidade através de mais mercados, mais clientes, dotando a TACV de elevadas competências de gestão e de competitividade. Isso, “ao nível das exigências de um negócio global e fortemente competitivo”, garantiu, reiterando ser neste quadro que se vai privatizar o negócio internacional da TACV e a CV Handling e concessionar o serviço de gestão aeroportuária da ASA.
Só assim o país terá um hub de referência internacional que contribua para a dinamização da economia, aceleramento do crescimento económico e para a geração de empregos de qualidade. É o que antevê o Chefe do Executivo, dizendo-se “confiante” no futuro que se está a construir a partir de hoje.
Até porque, acrescentou Ulisses Correia e Silva, o sector de transportes aéreos é estratégico para a inserção do país numa economia mundial globalizada, onde só progride quem tem alta capacidade de conectividade nos transportes, nas telecomunicações, nas TIC, nas redes de conhecimento e nas redes de segurança.
A Icelandair Group, por seu turno, através do vice-presidente sénior da Loftleidir Icelandair, Erlendur Svavarsson, afirmou que o acordo ora assinado marca o início de um novo capítulo na aviação cabo-verdiana, considerando que a TACV vai agora iniciar uma nova viagem ao adotar uma nova forma de gestão.
De realçar que a Icelandair é a responsável direta por transformar a Islândia, um país insular no Atlântico Norte, com menos população do que Cabo Verde, num ponto de convergência da aviação civil, devido à sua localização geográfica.
Em relação aos trabalhadores da TACV, a maior preocupação do Governo, esses podem “estar seguros”, primeiro, porque todos os seus direitos estarão salvaguardados, e segundo, porque vão surgir novas oportunidades e empregos, garantiu o Primeiro-Ministro.