A garantia foi dada no ato de empossamento do novo Conselho Diretivo da Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM), pelo recém-empossado auditor geral, Pedro Lima Rocha, que interveio em nome da equipa.
O aumento das atividades no mercado secundário, segmento das obrigações “corporate” e dívida pública, desenvolvimento do mercado acionista, reforçar os padrões e práticas de divulgação de informação e documentação, atrair mais investidores para o mercado de títulos, implementação das boas práticas da “corporate governance”, supervisão da regulação para com os produtos emitidos e riscos associados para proteger os interesses dos investidores, promover um quadro regulamentar robusto e reforçar a governança cooperativa, são, entre outros, os desafios que Pedro Rocha garante que a sua equipa está absolutamente preparada para enfrentar.
De realçar que o Conselho Diretivo da AGMVM é composto ainda por João Chantre e Eveline Lobo, na qualidade de vogais.
Pedro Rocha aproveitou ainda para realçar que é essencial fortalecer a economia cabo-verdiana, ambição na qual o mercado de capitais desempenha, segundo lembrou, um papel crucial. “Pois, permite a mobilização de capital e aproveitamento dos interesses económicos de forma eficiente, impulsando a inovação e o crescimento”. Pelo que realçou que a eficiência do mercado imobiliário acaba por incentivar tanto a poupança, como o investimento- “as principais variáveis para o desenvolvimento económico do país”, enfatizou.
Por seu turno, o Governador do Banco de Cabo Verde (BCV), João Serra, começou por agradecer e felicitar o trabalho e empenho da anterior comissão. Sublinhou a importância do mercado de capitais para o país, tendo entre outros, contribuído para que “milhares de cabo-verdianos se tornassem investidores, rentabilizando as suas poupanças e passando a ter um relacionamento com o sistema financeiro formal”. Entretanto, enfatizou que apesar dos ganhos obtidos, tem-se a consciência do “longo caminho ainda a percorrer até o país dispor de um mercado de capitais que assuma na plenitude a sua função de elemento dinamizador e promotor do desenvolvimento da economia real”.
Já o Ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu que é muito importante que o Sistema Financeiro consiga organizar-se. E garantiu que o Governo já tem uma proposta de agenda para a reforma de todo o setor. O Governante reforçou ainda a pretensão do Executivo em montar, no nosso país, uma praça financeira internacional de referência. Pelo que lembrou que Cabo Verde só conseguirá desenvolver-se, com um sistema financeiro altamente capacitado e conectado com o mundo e em toda a sua dimensão. Olavo Correia lembrou, entretanto, que o “escrutínio tem que ser permanente. É muito importante que tenhamos instituições qualificadas e respeitadas”, concluiu.