O Governo pretende construir uma máquina pública de excelência, eficiente, transparente e aberta aos cidadãos. Por isso, conforme avançou o Primeiro-ministro, não é reproduzindo aquilo que se está habituado a fazer e muito menos não tendo a sensibilidade necessária para com o setor privado, que a Administração Pública terá um papel determinante no processo de crescimento do país.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, que falava na abertura do Fórum “Qualidade dos serviços públicos e ambientes de negócios”, o primeiro passo para se conseguir uma atitude favorável, de comprometimento e engajamento com o serviço público, é compreendendo como funciona o setor privado, percebendo os seus constrangimentos e as suas dificuldades.
“Isso, associado a um trabalho com rigor e mérito”, acrescentou Correia e Silva, para quem, mesmo com avultados investimentos e apostando em tecnologias modernas, se não se tiver a atitude certa, não se conseguirá alterar a situação das coisas.
Para o Chefe do Governo, tendo em conta os desafios por que passa o país, é tempo de adotar uma nova atitude, uma atitude de gestores dos mecanismos para um bom ambiente de negócios e de crescimento económico, ao invés da ser apenas boa gestora da ajuda externa, uma postura que a administração pública está formatada para ser.
Só assim, “teremos mais empregos e melhores condições de vida para os cabo-verdianos”, sustentou o Chefe do Governo, afiançando esperar que este debate de mudança de atitude se faça durante o Fórum “Qualidade dos serviços públicos e ambientes de negócios”.
Mesmo porque, a ideia, conforme defende o Primeiro-ministro, é juntar num mesmo espaço, dirigentes da administração direta e indireta do setor empresarial do Estado e organizações que representam os sindicais e o patronato, numa perspetiva de promover um diálogo e debate à volta dessa atitude favorável e de compreensão que o Governo pretende criar, mostrando que o país só se desenvolve e com um crescimento mais acelerado, se tiver uma administração pública “altamente” eficiente.
Por outro lado, Ulisses Correia e Silva, adiantou que o Governo tem em curso o conjunto de reformas na Administração Pública, visando maior transparência com os cidadãos. Uma iniciativa que está associada a vinculação de Cabo Verde ao “Open Global Partnership”, desde 2015. Pelo que pressupõe “mais transparência e prestação de contas”, assegurou o governante, indicando como exemplos, a exposição pública e publicitação de contratos, à regras de funcionamento da Administração Pública e decisões administrativas, que passarão a ser públicos.
“Queremos, de facto, que a Administração Pública seja aberta, supervisionada e descortinada pelos cidadãos”, defendeu.