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Ministério da Agricultura e Ambiente desenvolve um conjunto de ações para reforçar a campanha agrícola 2016-2017

O Ministério da Agricultura e Ambiente anunciou hoje um conjunto de ações que está a ser desenvolvido, desde o mês de maio, visando reforçar a Campanha Agrícola e fitossanitária para o ano 2016-2017.  Em Conferência de Imprensa, o Diretor Geral da Agricultura falou ainda da suspeita do aparecimento da praga lagarta-do-milho em Cabo Verde.

De acordo com o Diretor Geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, José Teixeira, o objetivo principal da Campanha Agrícola e Fitossanitária (CAF) é reduzir o impacto das situações adversas da agricultura, principalmente durante o período das chuvas, com vista a melhorar as condições de existência sustentáveis das populações e reduzir o êxodo rural.

Neste âmbito, o Ministério da Agricultura e Ambiente tem levado a cabo um conjunto de ações que tem a ver com o reforço das capacidades das suas delegações no que tange a formação de técnicos nos temas relacionados com a proteção vegetal, bem como garantir a disponibilidade de sementes aos agricultores e orientações sobre a sua melhor escolha, lançamento de sementes de pasto e assegurar o acompanhamento contínuo da campanha agrícola, assim como a produção e difusão de informações no seio dos agricultores.

Entretanto, conforme o Diretor Geral, este ano para além dos habituais bio-degradores que normalmente surgem durante o período das chuvas, Cabo Verde suspeita do surgimento de uma nova praga muito mais devastadora. Trata-se de uma borboleta, mais conhecida por lagarta-de-cartucho-de-milho. Para este caso em particular, segundo José Teixeira, o Governo de Cabo Verde, em articulação com a FAO e a empresa Brasileira de pesquisa agropecuária (EmBrapa), criou uma task-force e elaborou um plano de ação para enfrentar esta suposta praga.

Lagarta-de-cartucho-de-milho, de nome cientifico spodoptera frugiperda, é originária de zonas tropicais do continente Americano e encontra-se estabelecida em toda a América, foi detetada pela primeira vez em janeiro de 2016 em Nigéria. Esta lagarta pode atacar mais de 100 plantas pertencentes a mais de 27 espécies diferentes, as culturas preferidas são: milho, feijões, alface, mancara, batata-doce, pimentão etc. Reproduz durante todo o ano, ou seja, pode ter várias gerações por ano, caso não for controlada, esta lagarta pode causar prejuízos elevados, podendo em casos extremos levar à perda de produção a 100%.