O Ministério da Agricultura e Ambiente conjuntamente com a União Europeia e a FAO, assinaram na manhã de hoje, 7 de julho, o projeto “Reforço das capacidades e resiliência florestal em Cabo Verde”. O projeto visa aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais que as mudanças climáticas representam para a desertificação e degradação da terra em Cabo Verde.
O projeto, financiado pela União Europeia num montante de cinco milhões de EUR e pela FAO no montante de 133 mil EUR, visa também promover a gestão participativa das florestas para se adaptar à desertificação induzida por mudanças climáticas e criar resiliência das comunidades em Santiago, Fogo e Boavista.
Na sua intervenção, o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva frisou que na escolha das comunidades a serem beneficiadas com o projeto, neste caso as três ilhas, levou-se em consideração zonas prioritárias com situações que urgem uma resolução imediata e que outros projetos hão de possibilitar intervenção nas outras ilhas, como tem acontecido ao longo do desenvolvimento do país.
Segundo o Embaixador da União Europeia, José Pinto Teixeira, além do projeto reforçar a resiliência do país, o mesmo terá efeito imediato na criação de oportunidades de emprego e na melhoria de rendimento das pessoas que estarão envolvidas diretamente no processo de implementação do projeto.
Rémi Nono Womdim, representante da FAO em Cabo Verde reiterou que o papel da FAO na implementação do projeto será o de coordenar a sua implementação junto do MAA, sociedade civil, ONG´S e os produtores, avançando que com o projeto espera-se reformular a lei das florestas, reflorestar as zonas identificadas nas 3 ilhas selecionadas e reforçar a capacitação dos técnicos dos MAA, da população e dos atores com a partilha de conhecimentos que a FAO detém a nível das florestas.
O projeto Reforço das Capacidades e Resiliência do Setor Florestal em Cabo Verde” apoiará ainda programas nacionais para manter o desenvolvimento económico e reduzir a pobreza entre mulheres, homens e jovens nas comunidades locais, assegurando que, nos municípios selecionados, as práticas florestais e agroflorestais continuem a ser suficientes fornecendo assim um recurso básico para os meios de subsistência.