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Administração Pública cabo-verdiana é um ativo para o país e “não pode ser diabolizada” – Ministro das Finanças

O Ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu ontem, que a Administração Pública cabo-verdiana é um ativo para o país e “não pode ser diabolizada”, desde que esteja ancorada na excelência, na prestação de serviços públicos de alta qualidade, mas também focada no cliente, no cidadão, nas empresas e nas instituições.

 

Olavo Correia fez esta declaração na cerimónia de abertura do Workshop “Administração pública centrada no Cidadão e Empresas”, que está a decorrer na cidade da Praia, durante dois dias, 22 e 23, no quadro da comemoração do Dia da Administração Pública Africana.

O Ministro defendeu ainda que a Máquina Pública é uma instituição importante para Cabo Verde, sendo que comporta a saúde, a educação, a segurança, o saneamento, o ambiente, a qualidade urbana, a segurança social.

O Governante avançou ainda que a Administração Pública representa cerca de 7% da riqueza nacional, perto de 32 mil milhões de escudos cabo-verdiano por ano, “um valor enorme para o país, por isso temos que ter retorno”. Para isso, realça, é preciso ser feita a reforma da máquina pública para que ela esteja focada no serviço público, e possa servir, “cada vez melhor, o cidadão, as empresas e as instituições”.

Esta reforma, disse Olavo Correia, é importante sobretudo agora que o país mudou de foco: “temos agora novas fontes de financiamento económico, temos o setor privado e temos que aprimorar a Administração Pública para que possa estar ao serviço do setor privado. Facilitar, empoderar, eliminar burocracias necessárias, para que todos possam contribuir para a aceleração do crescimento da economia cabo-verdiana. Tudo isso exige uma mudança de atitude por parte de todos, uma liderança esclarecida no plano político e ao nível de todas as chefias intermédias”.

O crescimento da próxima década, lembra, deve merecer uma administração pública reformada, mas que paga bem aos seus funcionários, que funcione com base em celeridade, e preste um serviço público com rigor e transparência.

A representante residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson, defendeu que uma administração pública efetiva é uma componente “chave e facilitadora” do progresso e do desenvolvimento para qualquer país.

“Não há uma receita. Os sistemas de administração pública bem-sucedidos precisam reformar-se, evoluir e adaptar-se em continuidade com o progresso e desenvolvimento da realidade do país e o contexto internacional”, disse afirmando que o sistema de Administração Pública de Cabo Verde, desde a independência “tem desempenhado um papel fundamental para o desenvolvimento do país”.

Augura, no seu discurso, que a reforma da administração pública venha a ter um impacto esperado, desejável e contribua para que o país cumpra os seus compromissos internos a curto e alongo prazo, assim como os compromissos internacionais.

O Workshop “Administração pública centrada no Cidadão e Empresas” está a decorrer na cidade da Praia, durante dois dias, 22 e 23, no quadro da comemoração do Dia da Administração Pública Africana.  Esta data é celebrada com o objetivo de exaltar a importância da função pública africana e o valor moral do serviço público prestado à sociedade e o papel que a Administração Pública desempenha para o desenvolvimento do país, que se quer mais competitivo, promotor e dinamizador da economia e gerador de empregos.