O Ministro das Finanças, Olavo Correia, reforçou hoje que Cabo Verde tem que lutar com todas as suas forças para ser um país “livre da corrupção”. Alertou que o dinheiro dos contribuintes tem que ser “bem utilizado – nos termos da lei e com total transparência, porque não temos recursos para esbanjar”.
Olavo Correia falou à imprensa no âmbito de uma visita à Autoridade Reguladora das Aquisições Públicas (ARAP). À saída enfatizou que temos que melhorar a qualidade das despesas públicas, lembrando que “cobramos impostos dos contribuintes e recebemos ajuda pública dos parceiros. Esses recursos devem ser utilizados com eficiência para potenciarmos ao máximo o nosso desenvolvimento”. Pelo que realçou que “cada escudo público tem que ser utilizado nos termos da lei, com total transparência”.
O Governante garantiu que este Executivo está afincadamente a trabalhar para que “Cabo Verde seja um país exemplar em matéria de transparência”. E sublinhou que o país não precisa de mais dinheiro para isso. “Precisamos é de vontade política. E ela existe”, especificou.
O titular da pasta das Finanças defendeu que a ARAP é um organismo vital neste processo de expurga de atitudes corruptas do nosso país. Daí ter reforçado o engajamento do Governo em polir a gestão da coisa pública, especialmente as aquisições do Estado, dotando a ARAP de todas as condições necessárias para o bom desempenho das suas funções. E realçou que quem não respeitar, terá que ser devidamente responsabilizado, “todos e em todas as ilhas de Cabo Verde”. Considerou este processo de “maior importância para todos os contribuintes cabo-verdianos, bem como para aqueles que ajudam Cabo Verde no seu processo de desenvolvimento”.
Por seu turno, a presidente do Conselho de Administração da ARAP, Carla Soares de Sousa, realçou que a visita do Ministro das Finanças foi uma boa oportunidade para se fazer o ponto da situação, tendo em conta as perspetivas, os desafios e as oportunidades que esta instituição tem pela frente. Defendeu ainda que a ARAP é um importante instrumento no processo de assegurar a concorrência entre os operadores económicos no mercado, baseado na apresentação de propostas e em valores para que “de facto Cabo Verde possa ser um país livre de corrupção nesta matéria”. E garantiu que a legislação cabo-verdiana é boa o suficiente para se cumprir cabalmente o objetivo da boa gestão do dinheiro público, ancorado numa postura ética.