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PM: “I Gala Cabo-verdianos de Sucesso na Diáspora será em setembro”

O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou a intenção do Governo realizar, no mês de setembro, a I Gala Cabo-Verdianos de Sucesso na Diáspora, nos Estados Unidos da América.

O objetivo, conforme explicou, é que este evento, que será realizado em parceria com a Presidência da República, permita ao país estabelecer contactos e conhecer a sua diáspora e, assim, “sabermos com quem contar e como nos dirigir a eles, para desenvolver qualquer especialidade em Cabo Verde. São, também, iniciativas que elevam a autoestima do país”, reforçou Ulisses Correia e Silva, adiantando que, para esta I Gala, será feita uma seleção de duzentos e cinquenta cabo-verdianos, que se distinguem na diáspora, neste caso em concreto na sociedade norte-americana.

O Primeiro-ministro lembrou igualmente que a diáspora cabo-verdiana é uma extensão da nação cabo-verdiana, representativa da cultura, da língua e da identidade dos cabo-verdianos, e que, por isso, deve ser aproveitada para ser, também, um potencial mercado.

“Se em Cabo Verde somos 500 mil, com a nossa diáspora somamos muito mais que isso, transformando o país num espaço comercial e de competências”, sustentou, indicando que há cabo-verdianos espalhados nos Estados Unidos, na Europa, na Asia e na África, com capacidades e competências, desde a primeira geração à terceira geração, no domínio político, académico, de investigação, na medicina, no setor empresarial, no desporto, na cultura, entre outros.

Representando um dos maiores capitais de Cabo Verde, as competências das diversas gerações de cabo-verdianos na diáspora devem ser aproveitadas, para que se possa transitar da fase de remessas dos emigrantes, que continua sendo importante, para uma fase complementar, a de troca de competências.

Conforme o Primeiro-ministro, o governo está a criar todas as condições para que os emigrantes possam investir no país, transmitir know-how, e que tenham uma participação mais ativa em Cabo Verde.

“Já estamos a trabalhar com as Ordens, dos Advogados, dos Médicos, Engenheiros e Arquitetos, no sentido de rompermos algumas barreiras que existem no tocante a desenvolver e facilitar a circulação dos nossos recursos, esses que podem dar um contributo muito importante ao país”, considerou Ulisses Correia e Silva.  

Relativamente à relação económica com a diáspora cabo-verdiana, o Primeiro-ministro assegurou a implementação do Estatuto do Investidor Emigrante, com incentivos e benefícios próprios, equiparando-os aos investidores externos, para que possam ter as melhores condições de investir no país e aumentar o leque de investimentos.

Na área do turismo há indicações para disponibilizar, nas ZDTI (Zonas de Desenvolvimento Turístico Integrado), parcelas específicas para investimento dos emigrantes, sendo uma forma, segundo o Primeiro-ministro, de incentivo para a entrada dos emigrantes neste segmento de investimento.

Ulisses Correia e Silva revelou ainda, no ato de encerramento do I Encontro dos Investidores da Diáspora Cabo-Verdiana, que aconteceu este fim de semana, em Santa Maria da Feira, Portugal, que depois dos Estados Unidos da América, será a vez de Portugal receber a gala que irá juntar todos os cabo-verdianos da Europa, à volta do mesmo conceito.