A Ministra da Educação, Maritza Rosabal, e o Presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde para a UNESCO, presidiram na última quarta-feira, o ato de encerramento do atelier de capacitação sobre a implementação da convenção do património mundial nos países lusófonos da África Central e Ocidental.
Para Maritza Rosabal, este atelier é muito especial por ser o primeiro desta natureza que se desenvolve em Cabo Verde e porque é primeira vez que os representantes da Guiné Equatorial participam neste tipo de encontro dos países lusófonos.
“É especial porque também o IPC, muito sabiamente, e seguindo todas as recomendações do Governo, alargou o escopo dos participantes e trouxe para o atelier também os representantes das câmaras municipais que tem sítios que são patrimónios nacional. E é muito especial que nesse seguimento, se articule academia, ministérios, como Educação, cultura, ambiente e as camaras municipais”.
Segundo a titular da pasta da educação, importa salientar a importância das recomendações emanadas durante o encontro, isto porque demonstra que este tipo de evento é importante, pois garante não só os encontros em si, como também o seu sistema de seguimento.
“Temos que ter capacidade de construir um projeto de futuro que dinamize a economia do município, criar riquezas, oportunidades de emprego e de rendimento para que, nos próximos cinco a dez anos, esses problemas sejam muito menores”.
Maritza Rosbal acredita que o sucesso desses projetos que envolvem o património possa, no futuro, ser implementada com a efetiva convenção do património mundial, mas também pela criação de novas oportunidades.
“Convém termos em conta que, de acordo com a Convenção de 1972, os Estados nacionais são os principais responsáveis pela inclusão de bens na Lista do Património Mundial e, para que isso aconteça, é necessário a criação de um Comité Nacional do Património Mundial para a implementação dos objetivos da Convenção”.
A governante sublinhou ainda que estudos sobre a relação entre patrimonialização e processos mercantis ligados às economias locais e urbanas, que se alimentam das chamadas industrias culturais, mostram que há uma tendência para que a posição que os países ocupam na lista do Património Mundial, serem muito semelhantes àquelas que ocupam a hierarquia dos destinos mais procurados pelo turismo internacional.
Por isso, diz, é necessário que os países aproveitem a oportunidade que lhes dá esta distinção única que constitui tomar parte dos países que estão na lista de património mundial, daí a importância deste atelier de capacitação, tendo em vista o melhoramento e a representatividade dos sítios do Património Africano na lista do Património Mundial, através da preparação de proposta de dossiers de inscrição completas, bem como do melhoramento do estado de conservação dos bens do Património Mundial mediante o reforço de engajamento das comunidades locais no processo.
“Espero que estas experiencias partilhadas tenham servido para que cada um desses países desenvolvam uma nova etapa de trabalho, espero que também esses laços de trabalhos aqui criados, sejam potencializados para realmente terem um efeito imediato nestes países”.
É um trabalho árduo que espera a todos, mas possível, e Cabo Verde está disponível a prestar todo este apoio, disse a Ministra para depois garantir que “na qualidade de Presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde para a UNESCO, nós apoiaremos este tipo de iniciativa”.
Uma questão aliada a isto, e que é muito importante é o desenvolvimento de uma cultura cientifica, neste momento aqui em cabo verde a criação do gabinete de ciência e tecnologia e inovação constitui sem duvida uma oportunidade para aprofundar essa cultura cientifica.
Neste atelier participam um leque de representantes de diferentes proveniências geográficas, com diferentes experiencias em áreas do saber, sendo que a principal característica deste encontro, é que foi um encontro entre a história, entre o ambiente, entre a lusofonia e entre diferentes saberes.
