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Dia Internacional da Família: Instituições e sociedade civil refletem a situação da família cabo-verdiana

No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Família, celebrada todos os anos a 15 de maio, o Ministério da Família e Inclusão Social, promoveu, nesta segunda-feira, uma conferência, subordinada ao tema “Família e Políticas Públicas”. O evento reuniu atores institucionais e a sociedade civil para, juntos, refletirem sobre a situação da família cabo-verdiana e a conciliação entre a esfera familiar e profissional.

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Presidida pela Ministra da Família e Inclusão Social, Maritza Rosabal, esta conferência analisou também o impacto da licença de paternidade/maternidade no reforço dos cuidados e políticas públicas para a promoção do desenvolvimento da família, enquanto espaço de afirmação da cidadania e concretização da dignidade da pessoa humana, bem como aprofundou sobre a função fundamental da família na Educação das crianças e na promoção do convívio e relacionamento humano.

“Família e Políticas Públicas” sublinha Maritza Rosabal na sua intervenção, é um tema “essencial” na medida em que permite refletir sobre até que ponto, os elementos que estão sendo desenhados, respondem às necessidades das famílias cabo-verdianas. Por isso, com este tema, os participantes terão de refletir sobre esses elementos e, juntos, poderem traçar as politicas públicas relacionadas com a família.

Para a governante, interessa centrar-se na função social da família, uma vez que, no seu entender “é na família que essencialmente se alimentam as pessoas; é na família onde se vestem; é na família onde se cuidam as pessoas, mas também é na família onde se transmitem determinados valores da convivência social”

Por isso, sublinha, interessa as instituições públicas criar instrumentos, tendo em vista dotar as famílias de condições que lhes permitam cumprir a sua função social e intervir onde não existem essas condições para cumprir em plenitude toda essa função social.

Maritza Rosabal informou ainda que existe um programa em carteira que está sendo desenhado pelo Ministério da Saúde e Segurança Social, no sentido de apoiar integralmente as famílias, não só no apoio medico e planeamento familiar, mas numa perspetiva centrada no desenvolvimento entre os seus membros e numa relação adequada e sadia com os adolescentes.

E uma das maiores intervenções que devem ser realizadas é a implementação de um sistema de cuidados, isto porque “é um dever moral do Estado implementar um sistema de cuidados para evitar situações que levam ao empobrecimento dos agregados familiares e impedi-los de terem uma renda, daí a centralidade do sistema e a importância desse sistema de cuidados”.

Uma outra preocupação da Ministra em relação às famílias, prende-se com os idosos pois há um aumento cada dia desta faixa etária populacional que é necessário cuidar e criar instrumentos para o seu cuidado. “E que comece pelas estruturas que temos. Temos que ter novas formas de encarrar e trabalhar com os idosos, pois a grande questão dos idosos muitas vezes é a solidão”.

A Ministra da Família e Inclusão Social, apelou aos participantes à conferência que reflitam, discutam, ponham a tónica nas questões que não estão ali consideradas, uma vez que, como diz, “queremos ter politicas públicas que respondam às necessidades das nossas famílias, seja quais foram as estruturas, a tipologia, o importante é irmos ao encontro das necessidades”.