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Governo vai introduzir a lei da paridade dentro dos regimes desportivos

“O Governo vai no próximo Conselho Nacional do Desporto fazer uma proposta no sentido da alteração da lei que permite com que o regime desportivo possa levar também em conta a questão da paridade, ou seja, vai introduzir a referida lei dentro dos regimes desportivos.” Esta afirmação foi feita pelo Ministro do Desporto, Fernando Elísio Freires, durante a abertura do I “Fórum Nacional Mulher e Desporto” realizado no último fim de semana pelo Comité Olímpico Caboverdiano.

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De acordo com o titular da pasta do Desporto, o Governo quer espera o apoio da maioria das federações no sentido da efetivação da lei.

“Em primeiro lugar queremos promover a mulher dentro do Desporto. E em segundo lugar, no programa do Governo, nos quadros de contrato programa que assinamos com todas as federações fizemos com que levassem o desporto, não só, a todos os concelhos, mas também à todas às mulheres e é preciso incentivar e promover estes tipos de ações,” afirma.

O Ministro ainda vai mais longe afirmando que o desporto representa muito daquilo que é mulher cabo-verdiana, ou seja, representa o trabalho árduo e a luta constante para a superação, o acreditar de que é possível ganhar de forma honesta e de forma limpa. “Por isso, mesmo o Desporto deve ser visto não só como uma arma de entretenimento, mas também uma arma fundamental na promoção da igualdade e equidade do género,” frisou.

Para isso, o Governante garante que dentro do quadro daquilo que depende exclusivamente do Governo e das relações que tem mantido com as várias federações e no quadro da lei da paridade que será levado ao parlamento no quadro da revisão do Código Laboral, o Ministério do Desporto vai, no próximo Conselho Nacional do Desporto, propor às federações desportivas à introdução da Paridade nos órgãos desportivos.

Relativamente à situação atual da presença feminina no desporto Nacional, Freire considera como uma situação “não é muito boa”, uma vez que, 90% das associações são liderados por homens, e em doze federações uma só tem uma mulher como o Presidente.

“O Comité Olímpico está a ser presidido por uma mulher, mas o cenário não é nada agradável e não é nada bom. É preciso darmos o passo no quadro do estatuto da utilidade pública desportiva para além da questão da paridade. É preciso também obrigar as federações, para além de irem à todas às ilhas, mas também que é preciso chegar à todas às mulheres de Cabo Verde,” conclui o mesmo.