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Governo quer que as aplicações de ativo do INPS passem a ser feitas com base em “decisões técnicas”

O Ministro das Finanças, Olavo Correia, defende que o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) tem que ter capacidade técnica para fazer análises objectivas dos riscos, de modo a efetuar estudos fiáveis para que a sua intervenção no mercado financeiro e as operações de aquisição de acções sejam o mais bem-sucedidos possível.

Olavo Correia fez esta afirmação lembrando que o INPS é a principal instituição financeira do país em termos da aplicação de ativos. Pelo que espera que, no futuro, se evite “investimentos ruinosos” como foi o caso do Novo Banco, recentemente alienado. De realçar que os erros e as omissões políticas deste processo podem vir a custar ao Estado e, consequentemente, ao bolso dos cabo-verdianos,1.800.000 contos.

O INPS terá que ter “condições e capacidade para avaliar os riscos e saber quais pode-se comprar em cada momento”, defende o Titular da Pasta das Finanças, reforçando que “estas decisões devem ser eminentemente técnicas, e, de forma alguma, políticas ou politizadas”.

O INPS é o segundo maior accionista do Novo Banco. Tem uma participação que foi evoluindo ao longo do tempo. Passou de 20% em 2010 (altura da criação do Banco) para 28,3% em 2015, correspondente a 220.000.000, num capital social que evoluiu de 300.000.000 escudos para 849.000.000 escudos.

A estrutura accionista do Novo Banco comporta ainda o Estado de Cabo Verde, com 42,33% (maioritário); Caixa Económica de Cabo Verde, detém 11,76%; Correios de Cabo Verde com 7,35%; Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH) 7,35% e o Banco Português de Gestão que possuí 2,94%.