Notícias

Primeiro-Ministro junto das mulheres cabo-verdianas

No dia em que se assinala o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Primeiro-ministro esteve envolvido em várias atividades em alusão a este dia, com mulheres de vários quadrantes sociais e políticos, de classes e faixas etárias diferentes. Foi o momento de parabenizar a mulher cabo-verdiana, reconhecer o papel que desempenha na sociedade e apresentar o compromisso do Governo para com as mulheres.   

PM_dia_das_mulhres.jpg

Para o Chefe do Executivo cabo-verdiano, o dia de hoje distingue às mulheres pelo percurso que já traçaram, de lutas e de combates, muitos ainda por travar, de forma a garantir a nível global, e particularmente a nível do país, aquilo que é a ambição de todo o ser humano que é conseguir a felicidade dentro de um quadro de igualdade, de equidade de oportunidades e de satisfação das necessidades globais, quer económicas, quer culturais e políticas.

Ulisses Correia e Silva falava na abertura do seminário “Empoderamento Económico das Mulheres em Cabo Verde”, que presidiu a convite do ICIEG, onde constatou que estavam presentes dois decisores importantes nesta matéria e que poderão fazer a diferença. O próprio, enquanto presidente do partido que suporta o Governo e a Líder Parlamentar do PAICV, Janira H. Almada, também presidente do maior partido da oposição.

“Eu creio que a nível político podemos dar um passo na questão da paridade, através da lei da Paridade que carece de uma reflexão a nível político, lá onde as decisões são tomadas e influenciadas. Portanto, a revisão do código eleitoral é um elemento para discutir e debater e ver as condições de impor na lei a paridade”, notou o Primeiro-ministro, mostrando que a questão dos 50 ou 60% pode ainda ser concertada.

Até porque, reconheceu Ulisses Correia e Silva, existe défice de paridade no parlamento, no Governo, em diversas instituições e conselhos de administração das empresas, entidades que influenciam e decidem. Por isso, deve haver vontade política para contornar esses indicadores.

Em relação ao tema do seminário “Empoderamento Económico das Mulheres em Cabo Verde”, o Primeiro-ministro considerou-o importante e que reflete o quadro social cabo-verdiano.

Sabemos que as relações de trabalho não são formalizadas, também não há formalização na segurança social, existe défice de formação profissional e académica, o que contribui para um ciclo vicioso de pobreza, fraco capital organizacional, com empresas com dificuldades de se ter uma contabilidade organizada e de inserção dos trabalhadores no sistema de Providência e Segurança Social. Portanto, são matérias, comprometeu-se o primeiro-ministro, que vão ser trabalhadas a vários níveis e com políticas concretas.

“O governo está a trabalhar, para apresentar brevemente, o programa virado para Empreendedorismo Jovem e startups que vai ser associado a crédito e a microcrédito, estipulando que 50% dos fundos de crédito vão para iniciativas de mulheres. Medida que temos de garantir na lei por forma que esta paridade na distribuição do crédito se efetive”, anunciou Ulisses Correia e Silva.